A Energia Mental E A Prática Das Virtudes
Neste artigo, vamos refletir sobre a relação entre a energia mental e a prática das virtudes.
A energia mental tem três componentes básicos, que separamos apenas didaticamente. Nós temos os pensamentos, os sentimentos e a vontade. Essa tríade gera a energia mental.
É importante ver essa divisão apenas no aspecto didático, pois se pensa, equivocadamente, que é possível dividir o ser humano em parte distintas – pensamento, sentimento e vontade –, como se fossem pequenas gavetas que se abrem e se fecham.
O Ser Humano pensa, sente e age, porém ele se manifesta de forma unificada pensando, sentindo e agindo.
Sempre a tríade pensamento, sentimento e vontade. É impossível pensar, sem sentir e sem querer realizar uma ação. Somente no plano abstrato, didaticamente, é possível fazer essa divisão.
O Ser Humano é, portanto, racional, emocional e volitivo, manifestando-se no mundo. Qualquer separação torna-se um reducionismo. O pensamento é a base da energia mental. Ela é resultado daquilo que pensamos sobre o mundo, sobre a vida e sobre nós mesmos. Esses pensamentos evocam sentimentos, que geram uma ação por meio da vontade.
O pensamento possibilita a apreensão lógica das coisas, a partir do raciocínio propiciador do conhecimento. Vamos, por meio do pensamento, conseguir o conhecimento da realidade da vida e também o autoconhecimento, a percepção de nossa realidade interior.
Os pensamentos são decodificados sob a forma de palavras, que são verbalizadas ou acontecem em nossa mente num diálogo interno que temos quase o tempo todo conosco.
A maioria dos pensamentos não são verbalizados, ficando restritos ao diálogo interno, uma verdadeira “falação” mental, por isso acontece a dificuldade de nos tornar conscientes deles.
Podemos comparar o pensamento com uma mão invisível. Imagine uma mão invisível que a recubramos com uma luva. A luva que reveste o pensamento são as palavras.
A maioria dos pensamentos permanece de forma subconsciente, pois surgem na mente incessantemente, e, como a maioria das pessoas não tem o hábito de se autoanalisar, acabam não percebendo aquilo que pensam.
O pensamento é um instrumento do espírito para exteriorizar aquilo que ocorre em nossa existência, possibilitando a comunicação racional e inteligente com o mundo e as pessoas.
É o condutor das ideias que dão sentido à vida.
Quando o pensamento está mal direcionado, produz viciações mentais que perturbam o Ser e levam o indivíduo a conflitos conscienciais e dificuldades emocionais graves.
Se nós o direcionarmos inadequadamente, ele vai gerar essas viciações. Quando disciplinado pela vontade bem equilibrada, conduz à prática das virtudes e ao cumprimento do código moral de leis.
A energia dos pensamentos pode conduzir a níveis elevados de consciência ou à identificação com os sentimentos egoicos, dependendo dos conteúdos psíquicos que se reveste.
A escolha é nossa: ou nós escolhemos desenvolver um nível mais elevado de consciência ou vamos permanecer agindo de forma subconsciente e sofrendo as consequências disso.
Os sentimentos geram a afetividade, quando estão sob a ação da vontade dignificada, tornando a pessoa autoconsciente, saudável espiritualmente.
Quando desequilibrados, tornam a existência repleta de conflitos conscienciais e sofrimento.
Podemos classificá-los como essenciais quando se referem às virtudes do ser e podemos classificá-los egoicos quando expressam o não exercício das virtudes.
Torna-se necessária que a razão conectada com a consciência conduza sempre os sentimentos, para que não se transformem em desarmonia e a pessoa não recaia nas manifestações puramente egoicas.
Os sentimentos têm uma energia muito mais forte do que os pensamentos, por isso os percebemos com mais intensidade.
Eles são tão intensos que os sentimos sob a forma de sensações viscerais no próprio corpo físico.
Emoção é o nome que damos a um sentimento gerador de uma sensação visceral.
Não existe sentimento sem essa manifestação visceral, que acontece no corpo fluídico e no físico.
A manifestação visceral do sentimento é, portanto, a emoção. Quando nós sentimos ódio, por exemplo, todo o nosso corpo sente ódio junto conosco.
O ódio é uma energia do espírito, que a transmite ao seu corpo fluídico e, posteriormente, ao corpo físico, que se ressentirá de forma intensa dessa energia bastante tóxica.
Do mesmo modo, quando sentimos amor tanto o nosso corpo fluídico quanto o físico sentem as energias benéficas desse sentimento doce e suave, gerando muitos benefícios para as células, proporcionando saúde emocional.
Para que nós mobilizemos a energia mental em nosso favor e não de forma contrária torna-se necessário mobilizar a energia da vontade, que age como elemento disciplinador de pensamentos e sentimentos.
É fundamental desenvolver a vontade de mudar a nossa vida para melhor.
Quando temos uma vontade firme, forte e persistente, transformaremos qualquer dificuldade que existir na energia dos pensamentos e sentimentos.
Quando a razão indica a necessidade de se fazer escolhas conscienciais, a vontade é o ato mental que deve ser transformado em ação.
Quanto maior for o desenvolvimento intelecto-moral de uma pessoa, mais ampla será a sua capacidade de conquistar patamares mais elevados sob a ação da vontade.
A vontade deve ser trabalhada por meio de exercícios mentais, geradores de motivação para a conquista da autorrealização, transformando-se instintos em sentimentos, hábitos doentios em saudáveis, pensamentos negativos em positivos e saudáveis.
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