Como acolher a criança interior ferida para que ela se torne feliz
Nos artigos anteriores iniciamos a refletir sobre a história de vida de Anita e o seu processo de cura da criança interior ferida. Neste artigo, refletiremos sobre como acolher a criança interior ferida para que ela se torne feliz
Quando trazemos a estrutura psíquica da criança interior ferida somos convidados a nos aprofundarmos em nós mesmos, para ter acesso à nossa criança ferida, para que possamos curá-la, tornando-a uma criança interior feliz. Todos nós podemos curar a nossa criança interior. Foi o que Anita fez.
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Como se produz as feridas psíquicas na criança interior
É importante que todos os pais e mães curem a sua criança interior ferida para tratar melhor os seus filhos, porque, caso contrário, tenderão a repetir de forma subconsciente, mesmo que queiram tratar os filhos de forma diferente, os padrões de ferimentos que receberam dos seus pais.
Dramas Vividos
Muitos dos dramas vividos em família advêm da falta de amor que o pai e a mãe tiveram quando criança, e que acabam por se vingar de uma forma subconsciente nos próprios filhos, por trazerem as suas crianças internas profundamente feridas, não se dispondo, depois de adultos, a amá-las para poderem amar os seus filhos.
Para que haja a cura da criança interior ferida somos convidados a atuar com o Adulto Essencial, ou seja, a Essência Divina que todos nós somos, de modo que ele acolha a criança. O adulto essencial é o nosso lado amoroso, bom e belo, que tem o poder de amar e curar a nossa criança interior ferida.
Trazemos, dentro de nós, toda uma estrutura psíquica amorosa capaz de dar amor para a nossa criança interior ferida, para poder curá-la. O acolhimento do Adulto Essencial é realizado por meio do exercício de amor incondicional e da autoaceitação. É esse autoamor que vai fazer com que a nossa criança interior ferida se torne uma criança interior feliz.
É fundamental que façamos esse trabalho conosco. É possível fazer exercícios de visualização terapêutica, todas as vezes que percebermos a criança interior ferida se manifestando indiretamente por meio da impotência, insegurança, medo ou dependência afetiva que sentimos quando adultos, ou diretamente quando lembramos das feridas psíquicas que trazemos da infância.
Nesses exercícios de visualização terapêutica devemos nos proporcionar encontros amorosos entre o Adulto Essencial e a criança interior ferida, de modo a acolhê-la e fazer com que ela perceba que o desamor vivido é do passado, e que ela tem um adulto amoroso o tempo todo com ela, amparando-a e amando-a, incondicionalmente.
Para isso, a pessoa é convidada a fazer um relaxamento físico e mental, com os olhos fechados, e com uma música suave, para entrar em um estado ampliado de consciência. Depois que estiver bem relaxada e concentrada em seu eu interior, a pessoa deve trazer à sua memória fatos da infância nos quais se sentiu abandonada, ferida emocionalmente, julgada e condenada, tratada de maneira insensível, enfim situações infelizes vividas na infância, nas quais os adultos significativos de sua vida a fizeram sofrer de alguma maneira.
Após essa rememoração, a pessoa deve imaginar o seu Adulto Essencial amoroso acolhendo a sua criança interior, tratando-a com carinho, colocando-a no colo, abraçando-a, conversando com ela, enfim, da forma como a pessoa refletir ser a mais adequada, ela deve se acolher com muito amor.
Foi isso que Anita foi orientada a fazer com a sua criança interna, diariamente, até que a sentiu curada, sentindo-se amparada pelo seu Adulto Essencial amoroso.
Um cuidado que se deve tomar no acolhimento para a cura da criança interior ferida é evitar que, ao invés de assumir a postura do Adulto Essencial amoroso de amor incondicional, tratando a criança com amor, respeito e carinho, assumamos uma postura do adulto egoico mascarado, tratando-a com pseudoamor, como uma coitada, como se ela fosse uma vítima incapaz, superprotegendo-a.
Só seremos adultos equilibrados, se a nossa criança interior estiver feliz e equilibrada, liberta tanto do desamor quanto do pseudoamor.
Isso é possível para todos nós! Ame-se!
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