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Você sabe o mal que o processo de fugir da dor, buscando o prazer a qualquer custo gera?

Você sabe o mal que o processo de fugir da dor, buscando o prazer a qualquer custo gera?

Na Psicologia Consciencial, utilizamos como recurso terapêutico a terapia dos símbolos do Evangelho de Jesus, que são estudados dentro da abordagem psicológica consciencial, de modo a refletirmos a partir deles um caminho para a individuação, ou seja, o desenvolvimento gradual do Cristo interior, conforme ensina o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung.

Os ensinamentos simbólicos do Cristo, sobretudo nas parábolas evangélicas, decodificados pela Psicologia Consciencial, são ferramentas para que possamos nos conectar com o código moral de leis em nossas consciências, amplamente utilizado na psicoterapia consciencial.

Quando Jesus coloca na sublime oração do Pai Nosso a expressão: E seja feita a vossa vontade… chama-nos a atenção para a vontade do Arquétipo Primordial, Criador das leis que regem o Universo com um propósito muito profundo, conforme observamos todos os dias nos vários elementos da natureza.
A vontade de Deus é de que toda a sua criação evolua, desde o átomo que compõe um mineral até o ser humano mais evoluído.
O Universo é regido por leis físicas e morais. Para o cumprimento das leis físicas, Deus criou a matéria e para o cumprimento das leis morais criou o espírito.
No espírito, existe a força do significado da vontade de Deus.
A vontade de Deus emana ininterruptamente em todos os átomos da criação.

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Contudo, somente o espírito, por ter consciência de si, pode interpretar a vontade de Deus e direcionar essa vontade com significado de progresso do Universo.
Então, em nós existe a força da vontade de Deus, e essa força está na consciência, ínsita no código moral.
Na atualidade, há muitas pessoas seguindo um caminho de superficialidade frente à vida, buscando o prazer para fugir da dor, mas que paradoxalmente produz ainda mais dor porque gera um vazio existencial, que leva à depressão e outras doenças emocionais.
Reflitamos, a seguir, a parábola da porta estreita, que nos convida ao desenvolvimento das virtudes em nosso dia a dia, o caminho estreito simbolizado na parábola.
Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. (Mateus 7: 13 e 14)
Na parábola da porta estreita,  o Cristo nos ensina, simbolicamente, em uma perspectiva psicológica consciencial, que temos duas possibilidades para seguir durante a existência corporal: o caminho estreito, ou seja, o processo de se desenvolver as virtudes cristãs em nossa intimidade ou a estrada larga, isto é, o caminho da superficialidade diante da vida, no qual busca-se fugir da dor por meio do prazer.
Para seguir o caminho estreito somos convidados ao exercício da virtude da autoconsciência para fazer escolhas conscienciais que levam à porta estreita da salvação, isto é, ao cumprimento do código moral de leis que trazemos em nossa consciência, por meio do exercício das virtudes, propiciador da individuação.

A individuação em uma perspectiva da Psicologia Consciencial é o mecanismo em que nós buscamos acionar as leis presentes no código moral e nos tornamos pessoas melhores, mais virtuosas, desenvolvendo o Cristo interior ou Ser Essencial, que todos somos.

Podemos, com base nessa parábola, elaborar alguns questionamentos: por que essa porta é tão estreita?
Por que poucos conseguem passar por ela?
O que tem depois da porta estreita?
Se a porta larga leva ao caminho espaçoso da perdição, o que representa essa porta?
Jesus faz o convite usando o verbo no imperativo: “Entrai pela porta estreita”, porque a maioria das pessoas está buscando a porta larga.
O que está depois dessa porta larga?
O caminho espaçoso que conduz à perdição, simbolizando a busca das ilusões de uma vida centrada na inversão de valores do materialismo sensualista, objetivando a aquisição da felicidade por meio do fazer e ter coisas, e do parecer ser aquilo que não se é.

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A busca de tais valores falseados conduz ao desequilíbrio e vazio existenciais e às doenças relacionadas à falta de sentido de vida.
O caminho espaçoso que leva à porta larga é, portanto, o caminho das escolhas egoicas focadas na busca dos prazeres de toda ordem e na fuga da dor, que muitos entram e que geram a perdição, ou seja, a perda da oportunidade de estar reencarnado para cumprir um plano existencial, utilizando bem a personalidade transitória para o aprimoramento do Ser Essencial.
Se questionarmos as pessoas que estão entrando pela porta larga, elas dirão que estão buscando a felicidade, a qual colocam fora si mesmas, nas coisas, nos bens, nos relacionamentos, na admiração dos outros, enfim, em questões puramente materiais.
Com isso, distanciam-se cada vez mais da verdadeira felicidade, que está atrás da porta estreita no apertado caminho que leva à vida.
Para entrar pela porta estreita, é necessário um movimento de autoconsciência.
Diz Jesus que poucos há que a encontram, exatamente porque ainda são poucas as pessoas que buscam viver de forma autoconsciente uma Vida com “V” maiúsculo, espiritualmente saudável.
Entrar pela porta estreita representa para muitos de nós um desafio maior e, por isso, somos convidados a desenvolver uma vontade firme, de um processo de motivação real para empreendermos todos os esforços necessários à ação.
Trata-se de uma escolha que vale a pena, porquanto seguir por esse caminho nos traz muita satisfação e felicidade, pois significa a libertação de uma vida sem sentido.
Portanto, entrar pela porta estreita para passar pelo apertado caminho que leva à vida significa despertar-nos para a essência da vida, evoluindo verticalmente pelo bom uso do livre-arbítrio, amando e cumprindo o código moral de leis presentes na própria consciência.
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