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4 passos para desenvolver a vontade de autotransformação

4 passos para desenvolver a vontade de autotransformação

Neste artigo sobre Psicologia Consciencial refletiremos sobre os 4 pilares da vontade de autotransformação.
Para que possamos desenvolver os valores essenciais, somos convidados ao desenvolvimento da vontade.
Há um pensamento tibetano que diz: abram-se as portas do Universo para mim, pois me encontro decidido e pronto para viver.

O Universo abre-se em favor de nós, a partir de uma efetiva decisão interna, e não o contrário. Somos nós os detentores das nossas vidas.

Somos convidados pela vida a acionar a vontade para realizar toda e qualquer ação de mudança para melhor.
A vontade de autotransformação possui quatro pilares, que se constituem passos essenciais para que ela se manifeste plenamente.

1. Força

A chamada força de vontade é a base da própria ação da vontade. Quando a pessoa se motiva dessa forma, ela tem bem definido o que quer para a sua vida, e, portanto, não vai medir esforços para realizar aquilo que ela quer.
A força da vontade é o exercício do poder que todo ser humano possui de mudar a própria vida para melhor. O poder é algo divino dentro de nós. Todos o possuímos, pois ele é um atributo da nossa própria Essência Divina, mas poucas pessoas utilizam esse poder, porque têm grandes dificuldades de superar a inércia e, então, transformam as dificuldades em impossibilidades.
No entanto, apesar de esse poder estar ínsito em nós, Deus não nos dá esse poder pronto. Utilizemos de uma metáfora para melhor entendimento. Deus nos oferece esse poder como se fosse uma semente.
As pessoas que estão na inércia da preguiça moral colocam a semente em uma gaveta. É claro que, por mais valiosa que seja uma semente, ela se torna inútil se fizermos isso. Essas pessoas estão focadas em uma falsa ausência de poder, em uma falsa incapacidade.

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Na verdade, o que elas não querem é ter o trabalho de colocar a semente na terra fértil, cuidar da planta tenra que germina da semente, até se tornar uma árvore frondosa cheia de frutos.
Com certeza, o indivíduo deverá fazer muitos esforços continuados, pacientes, perseverantes e disciplinados até que a árvore esteja frondosa produzindo os frutos.
Portanto, todas as pessoas têm força de vontade como essa semente, porém, se elas a guardam em uma gaveta, ela vai ficar ali, inútil, até que seja colocada em lugar adequado, que é a terra fértil.
Somente por meio da força de vontade é que podemos vencer a inércia e o estado de acomodação em uma determinada posição prejudicial que, mesmo incômoda, gera em nós um estado de passividade, como acontece no impulso de afastamento.
Todo processo de mudança requer um movimento em direção àquilo que se almeja. Se nós queremos algo melhor para a nossa vida, somos convidados a superar a acomodação e buscar aquilo que aspiramos conquistar, repletos de entusiasmo.

2 . Competência

Vimos que a força é a base da vontade, mas somente ela não basta, porquanto é fundamental que a pessoa tenha competência para mudar, isto é, que saiba como mudar a sua vida. Este é o segundo pilar.
Muitas pessoas são sinceras em seu processo de mudança, querem verdadeiramente mudar, desenvolvendo as virtudes, mas não as realizam de forma competente. Acabam, em virtude disso, forçando-as, resultando em bloqueios das emoções, muita exigência consigo mesmas etc., fatos que as tornam muito rígidas e, mais cedo ou mais tarde, acabam tendo problemas resultantes dessa postura, pois forçam a sua natureza.
Para mudarmos, de forma tranquila e suave, somos convidados a agregar à força de vontade a competência, para que o esforço seja o menor possível.
Toda mudança necessita da força, mas é preciso que essa força seja utilizada de forma inteligente consciencialmente, e transformada em esforço competente. O segundo atributo da vontade, a competência, é o exercício da inteligência, cognitiva, emocional e consciencial, adquirindo-se sabedoria para bem direcionar a força.
Para vencer a inércia da acomodação em nossas limitações egoicas, muitas vezes, precisamos de uma força inicial grande para vencê-la e iniciar o movimento de mudança, mas, depois que iniciamos o movimento, a força exigida deverá ser cada vez menor, poupando-se energia no processo.
Por isso, são indispensáveis a competência e o exercício da inteligência consciencial para direcionar, adequadamente, a força de vontade.

3. Autoamor

O amor a si mesmo é um pilar fundamental para fortalecer ainda mais a vontade de autotransformação, pois somente ele é que lhe dá a direção adequada.
O autoamor proporciona ao indivíduo a condição de escolher o melhor para si mesmo.
É o exercício no qual a pessoa fará a melhor escolha, o porquê de realizar esforços de mudança de sua vida.
Por que é importante desenvolver as virtudes e mudar de vida, tornando-se um Ser Consciente? Porque eu me amo e quero viver uma vida melhor, seria a resposta.
Se uma pessoa se ama, com certeza, não ficará em uma condição ruim, devido à inércia. Aqueles que se acomodam em uma vida mais ou menos certamente não estão fazendo exercícios de amor o suficiente para se esforçarem, motivando-se para utilizar a força de vontade e a inteligência, adquirindo competência para poder superar as limitações pelas quais passam. Quem se ama quer o melhor para si e se esforça para consegui-lo.

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Para persistir no rumo que se quer, tendo firme a vontade, somente com o autoamor, que é a condição para escolher e permanecer no caminho traçado.
O autoamor estará reforçando em nós a paciência, a perseverança e a necessidade do esforço continuado e disciplinado, auxiliando-nos a desenvolver o poder amoroso que transforma a nossa vida em uma vida melhor.

4. Busca da Felicidade

Quarto pilar da vontade de autotransformação, a busca de desenvolver a felicidade é o que proporciona sentido para a vida humana.
É o resultado dos três pilares anteriores que remete o indivíduo à razão pela qual deve realizar esforços de mudança em sua vida, tornando-se mais virtuoso.
Todos nós queremos ser felizes, mas são poucos os que conseguem a felicidade, porque a maioria das pessoas a deseja ganhar e não obtê-la com os próprios méritos. Querem ser felizes, permanecendo em atitude inercial de acomodação às próprias limitações.
É claro que isso nunca será possível dessa forma. Felicidade é algo que se obtém pela ação da vontade. Esse pilar é um desdobramento do anterior, pois quem se ama busca, naturalmente, ser feliz e ajudar na felicidade dos outros.

A felicidade é o estado de plenitude que podemos almejar, portanto, quando uma pessoa se esforça para desenvolver as virtudes está, em realidade, trabalhando para obter a felicidade que almeja.

A busca da felicidade é o objetivo máximo da vida e que estará norteando a força e a competência da vontade, para que o indivíduo se esforce para consegui-la.
Por isso, nessa busca, é fundamental usar o poder, a competência e o autoamor para se exercitar o aperfeiçoamento constante e, com isso, conseguir a felicidade relativa, até que cheguemos à perfeição e conquistemos a felicidade plena.
Façamos, a seguir, um resumo dos pilares da vontade de autotransformação, utilizando a metáfora da construção de uma casa. Convidamos a cada um de nossos leitores a construir a sua própria casa.
Vejamos os materiais a serem utilizados:

  • Força: o que eu quero, verdadeiramente, para a minha vida?
  • Competência: como eu posso mudar a minha vida? Como posso desenvolver aquilo que quero?
  • Autoamor: por que é importante desenvolver os valores que me tornem mais consciente para poder mudar a minha vida?
  • Busca da felicidade: para que é importante desenvolver os valores que me tornem mais consciente, de modo a alcançar a felicidade plena?

A vontade de autotransformação constitui-se em uma casa aconchegante. Uma casa digna precisa de um alicerce bem firme e sólido, pilares e paredes, estrutura do telhado e as telhas para a cobertura.
A força de vontade representa o alicerce firme e sólido da casa.
Depois do alicerce, você construirá os pilares e paredes. Eles representam as competências. Uma casa aconchegante é bem dividida em várias peças, como sala, quartos, cozinha, banheiros etc. Por isso, você precisa de várias paredes e pilares sólidos. Portanto, é convidado(a) a adquirir várias competências para mudar a sua vida para melhor.
Depois que você construir o alicerce, os pilares e as paredes, vai construir o teto. O teto tem a estrutura do telhado de madeira ou de metal, conforme a casa.
Essa estrutura representa o autoamor que lhe dá a razão para construir uma casa: ter um teto para você morar.
Portanto, o autoamor lhe dá uma direção para sua vida, convidando-o(a) a fazer as escolhas conscienciais, tornando-se cada vez mais saudável espiritualmente.
Depois que você construir a estrutura do telhado, vai cobrir tudo com as telhas. As telhas representam a felicidade.
A busca da felicidade dá um sentido para a sua vida. A felicidade é o resultado dessa construção chamada aquisição de consciência que nos coloca na condição de seres inteligentes consciencialmente.
Usando essa metáfora, podemos entender por que todas as pessoas querem ser felizes e poucas conseguem. É porque a maioria quer as telhas flutuando no ar. É possível ter um monte de telhas flutuando no ar, sem uma casa embaixo delas? É claro que não! As telhas só estarão no lugar delas porque existe uma casa embaixo, formada por alicerce, pilares, paredes e estrutura do telhado. Quando há toda essa construção, as telhas cobrem tudo com muita naturalidade.
Portanto, a sua felicidade é resultado de uma construção esperando que você a inicie.

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