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Você sabe o que é repressão de sentimentos? Saiba o mal que isso lhe faz!

Você sabe o que é repressão de sentimentos? Saiba o mal que isso lhe faz!

Geraldo, após uma fase muito turbulenta de muitas brigas com a sua esposa Iara nas quais ele e a esposa trocavam insultos, muitas agressões verbais e quase chegando a agressões físicas, resolve por mudar essa situação.  
Geraldo se tornou um homem muito religioso e por estar trabalhando naquilo que ele denomina de reforma íntima, fez um propósito de nunca mais discutir com Iara, a sua esposa, em momento algum.
Ela, porém, tem o hábito de sair de casa com as amigas nos finais de semanas, não dizendo para o esposo para onde vai, deixando-o com os três filhos pequenos.
Iara retorna altas horas da madrugada, quase sempre alcoolizada, mas Geraldo não diz nada para ela, apesar de intimamente sentir-se vilipendiado com a atitude da esposa, a ponto de ficar muito triste e deprimido,  somatizando o seu estado por meio de uma alergia na pele que nada consegue debelar.
A situação vem se arrastando dessa forma há vários meses, mas Geraldo mantém o propósito de não discutir e não toma nenhuma decisão, permanecendo inerte às atitudes da esposa.
Geraldo acredita que é dessa forma que ele vai conseguir realizar a tão sonhada reforma íntima, ou seja, ele acredita que o que ele está fazendo é realmente virtuoso.
Quando ele não fala nada para esposa e a deixa fazer o que ela deseja, permanecendo na inércia sem realmente colocar limites no relacionamento acredita que está realmente cumprindo com seu dever de consciência desenvolvendo as virtudes.
Afinal, ele nunca mais discutiu com Iara.
Agora Iara faz o que quer e na hora que quer porque não tem mais ninguém colocando limites no relacionamento e Geraldo permanece acreditando que ação que ele está realizando é profundamente virtuosa e que é dessa forma que ele conseguirá manter a relação equilibrada e harmoniosa com Iara.
É sobre a repressão de sentimentos que trataremos neste artigo.
Sobre o mal que isso acarreta para sua saúde física, mental e emocional.
Refletiremos sobre o que Geraldo pode fazer para se libertar daquilo que ele está vivenciando, um processo nada saudável, apesar dele se autoenganar acreditando estar correto em suas ações.
No processo de estruturação da psique humana, é muito comum a pessoa realizar, consciente ou subconscientemente, um movimento de repressão dos sentimentos egoicos evidentes, ou seja, os sentimentos negativos como o orgulho, o egoísmo, o ódio, a crueldade, a raiva etc. devido ao fato de tais sentimentos apresentarem uma conotação negativa muito flagrante e não serem aceitos socialmente.
Há, devido a isso, uma negação dos sentimentos negativos e a substituição deles por sentimentos aparentemente positivos.

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Essa é uma atitude pouco inteligente emocionalmente, porquanto a pessoa mascara os seus sentimentos, originando as chamadas máscaras do ego, caracterizadas pela tentativa do ego parecer aquilo que não é.
Há um movimento criado pelo ego para se defender, gerando a energia do pseudoamor; portanto, para parecer que é amor, característica própria do Ser Essencial, a Essência Divina que todos nós somos.
Esse fato retarda o processo do autoencontro, ou seja, o encontro da pessoa consigo mesma em essência.
Na maioria das vezes, a pessoa utiliza as máscaras do ego de forma subconsciente ou involuntária numa tentativa de se proteger, tentativa que redunda numa falsa proteção.
Outras vezes, utiliza-as de forma bastante consciente, sabendo que está fugindo de alguma coisa.
Podemos desenvolver várias modalidades de máscaras do ego, nos quais os sentimentos egoicos evidentes são mascarados.
Conhecer esses mecanismos de defesa do ego é de fundamental importância para o trabalho do autoconhecimento e do autodomínio, fundamentais para desenvolver a Inteligência emocional.
A utilização das máscaras do ego assemelha-se ao comportamento de uma pessoa que possui na pele muitas feridas com aspecto asqueroso, cheias de pus, exalando mau cheiro, mas, ao invés de colocar o medicamento correto para fazer com que as feridas se curem, simplesmente as cobre com uma roupa impecável, de preferência de tecidos nobres como a seda ou linho, passa um perfume francês dos mais caros, para disfarçar o mau cheiro, enganando, com isso, a si próprias e aos outros.
As feridas continuam no mesmo lugar, mas a percepção delas só ocorre se os outros prestarem bastante atenção porque estão bem disfarçadas.
A utilização desses mecanismos denota um processo de imaturidade psicológica.
É isso que faz Geraldo, pois devido a uma imaturidade ele reprimiu todo sentimento de raiva, frustração, ódio, orgulho ferido, mágoa e outros que ele sentia da esposa pelo fato dela ter determinadas atitudes que para ele eram inaceitáveis.

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 No passado recente ele dava vazão aos sentimentos egoicos evidentes até que ele se tornou uma pessoa religiosa e passou a fazer a chamada reforma íntima de acordo com os preceitos de sua religião.
No entendimento dele a reforma íntima era simplesmente um processo de reprimir os seus sentimentos negativos, desenvolvendo aquilo que seriam as virtudes da harmonia, da concórdia, para produzir a paz que ele queria no lar.
Entretanto, o que de fato ele passou a fazer foi reprimir os seus sentimentos negativos e, a partir disso, exercitar pseudovirtudes.
Portanto, toda aquela pacificação e harmonia que ele pensava que estava vivendo eram falsas, porque ele inclusive passou a somatizar por meio da alergia, que estava intratável, todas as dificuldades que estava vivendo no nível interior.
Passou a vivenciar na pele literalmente aquilo que ele estava reprimindo emocionalmente.
Ao reprimir os sentimentos negativos Geraldo nunca mais discutiu com a esposa verbalmente nem trocaram insultos diretamente, mas indiretamente a sua energia mental permanecia muito conturbada e tóxica, gerando a somatização.
Geraldo é convidado a verdadeiramente desenvolver as virtudes, que acontece de fora gradual e não abrupta como ele pensa.
Todo processo de transformação abrupta na verdade não é uma transformação é uma pseudotransformação, porque é feito pela repressão dos sentimentos negativos e criação de pseudovirtudes, ou seja, puro mascaramento.
As máscaras do ego devem ser gradualmente liberadas de nossa personalidade, por meio da aceitação de que temos os sentimentos egoicos evidentes, negativos, e que podemos desenvolver as virtudes para transmutar verdadeiramente essas negatividades e, não, simplesmente, mascará-las com as pseudovirtudes.
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