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Ansiedade, será que tenho?

A ansiedade, em conjunto com outras doenças de caráter emocional como a depressão, as fobias, a síndrome do pânico tem aumentado de uma forma assustadora até para os profissionais da área da saúde.
A ansiedade generalizada é a segunda doença de caráter emocional mais comum atualmente, depois da depressão. É fundamental que a pessoa saiba detectá-la, de modo que busque tratamento adequado com um médico psiquiatra e/ou psicólogo de sua confiança.

Neste artigo oferecemos os principais sintomas e sinais da ansiedade.

A ansiedade é um estado emocional proveniente de uma sensação de que algo desagradável está para acontecer, resultando em uma atitude de alerta que produz um sentimento indefinido de insegurança.
Algumas pessoas vivem nesse estado praticamente 24 horas por dia, outras têm crises intermitentes de ansiedade. As que vivem ansiosas acabam desenvolvendo a doença denominada transtorno de ansiedade generalizada.
O que caracteriza o estado ansioso é a ilusão de controle. A pessoa gostaria de controlar o mundo externo, o que as demais pessoas fazem, a forma como o mundo se organiza, o tempo futuro etc. Como isso não passa de um desejo ilusório, em vez de controle, o que acontece é muita ansiedade. Quanto mais se ilude acreditando que pode controlar, mais a pessoa se torna descontrolada, quanto mais descontrole, mais desejo de controlar criando um círculo vicioso.
Em relação ao tempo, o ansioso tem um movimento de se pós-ocupar com o passado, lamentando o que fez e o que deixou de fazer, e se preocupar com o futuro sobre possíveis dificuldades pelas quais passará. O pensamento é negativista na lamentação e na projeção de vaticínios negativos em relação ao que acontecerá.
Somente podemos viver o tempo presente, ocupando-nos, aqui e agora. Pode-se avaliar o passado para aprender com ele, mas lamentá-lo é contraproducente e gera muita ansiedade.

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Em relação ao futuro, podemos nos ocupar com ele planejando-o, mas a partir disso somente agiremos com serenidade se realizarmos cada ato, aqui e agora.
Por isso, o número de pessoas ansiosas com o que lhes ocorrerá no futuro é imenso, e cada vez aumenta mais engrossando as estatísticas do número de portadores de ansiedade generalizada.
A pessoa ansiosa, portanto, é alguém que tenta controlar o incontrolável e, por isso, torna-se extremamente insegura, como alguém que caminhasse em areia movediça e buscasse apoio à sua volta sem encontrá-lo.
Isso gera uma sensação de angústia muito grande caracterizada por uma sensação de “aperto” no peito e, às vezes, de dificuldade respiratória de que padecemos quando nos sentimos ansiosos e angustiados.

Os sinais e sintomas da ansiedade podem ser caracterizados como:

  • Inquietude, nervosismo – a pessoa ansiosa tem uma mente hipercinética, ou seja, está sempre inquieta pensando no passado e no futuro, mesmo que seja daí a alguns minutos. Isso produz uma inquietude inclusive física. Se ela se senta, não consegue ficar sem balançar as pernas, mexer com as mãos. Logo se levanta e tenta se movimentar.
  • Desassossego produzindo exaustão, e, posteriormente, inação – a inquietude é tanta que acaba gastando muita energia, e toda energia que nós gastamos em um determinado momento vai faltar em outro. Aí chega um momento na exaustão.
  • Vivência de ameaça – o ansioso vive o tempo todo crendo que lhe acontecerá algo ameaçador e desagradável e, por isso, precisa ficar em alerta.
  • Experiência de luta ou fuga – isso acontece devido ao sintoma anterior fazendo com que a pessoa ansiosa esteja o tempo todo preparada para lutar ou fugir do perigo que, na verdade, existe mais na mente dela do que na realidade.

Vivemos em uma sociedade ainda com muita violência. Muita coisa violenta acontece, mas que a mídia faz muito estardalhaço, como se fosse somente violência, gerando nas pessoas inseguras, com tendência à ansiedade, um estado perturbador por falta de discernimento do que é real e do que é apenas explorado pela mídia.

  • Temores difusos – a pessoa tem medo, mas não sabe a sua origem, simplesmente tem medo de que algo desagradável e ameaçador aconteça. É resultado do sentimento de ameaça que produz o estado constante de luta e fuga.
  • Insegurança – como quer se sentir segura pelo controle do mundo externo e do tempo, o resultado é uma profunda insegurança. Quanto mais a pessoa tenta se assegurar no controle externo, como este é ilusório, mas insegura se torna, resultando no estado ansioso.
  • Sensação de vazio interior – quanto mais os sintomas anteriores vão se intensificando, mais vazia se sente a pessoa, vazia de uma realidade interior que ela nem bem sabe ao certo o que é.
  • Pressentimento do nada – decorrente do vazio interior há um pressentimento de que tudo resultará em nada.
  • Medo de perder o controle – a pessoa ansiosa devido à insegurança que sente tem muito medo de perder o controle de si mesma e, por isso, lança-se à atitude vã de controlar as coisas externas e o tempo, resultando em uma ilusão de controle que somente lhe amplia a insegurança e o desejo de controle, em um círculo vicioso.
  • Medo de agredir – devido à constante sensação de ameaça há uma tendência a agredir, como uma espécie de defesa para não ser agredido. Por isso, a pessoa ansiosa vive armada contra os outros, resultando em um medo de agredir os demais sem motivo.
  • Dissolução e/ou ruptura do eu – a pessoa pode ter a sensação de que terá rompida a noção de quem ela é em relação ao mundo. Por isso é que sente que vai perder o controle.
  • Diminuição da atenção e dificuldade de concentração – devido à inquietude e à tentativa de controle externo, a pessoa ansiosa não consegue concentrar a atenção em um determinado objetivo, como por exemplo, uma leitura. Como não se concentra, a atenção diminui e a memória também é prejudicada.
  • Melancolia e aflição – estes sintomas são decorrentes dos anteriores, especialmente do vazio interior e da tentativa vã de manter o controle das coisas externas.
  • Perda de energia – a pessoa inquieta gasta muita energia e tudo o que se usa em excesso faltará em algum momento, podendo chegar à exaustão.
  • Suspeitas e incertezas negativas vagas – tudo é muito vago para a pessoa ansiosa, resultando em uma sensação de incerteza em relação ao que lhe pode acontecer. Ela tem a mente repleta de “será que…”. Será que tal coisa irá acontecer… Será que vou conseguir aquilo… Será que…
  • Medo da morte – devido às incertezas e a ideia de que sempre algo desagradável irá acontecer o medo da morte é muito frequente.
  • Medo da loucura – é resultante dos sintomas anteriores que produzem um estado perturbador e constante, com uma sensação de loucura iminente.
  • Medo de se suicidar – devido à cultura materialista, que prega que com a morte tudo acaba e que tudo que vivemos não faz sentido, a pessoa tem uma vontade de se matar para se livrar do sofrimento em que vive, mas como teme a morte, tem medo do que pode encontrar, resultando em um círculo vicioso.
  • Pensamentos mórbidos, perniciosos, distorcidos – o ansioso tem, o tempo todo, pensamentos de que acontecerão tragédias que vão afetá-lo ou os seus entes queridos.
  • Distúrbios do sono – podem ser caracterizados por insônia na primeira parte da noite; sono não repousante à noite e sonolência durante o dia; pesadelos e outros sonhos angustiosos (perigos, muitos conteúdos aparentemente ilógicos etc.)


Às vezes, a pessoa está com muito sono, mas quando ela se deita para dormir parece que se liga um botão e ela começa a pensar em tudo o que fez durante o dia, o que fará amanhã etc. Fica ruminando tudo aquilo durante horas, normalmente pensando de forma negativista, reclamando mentalmente e criando tragédias para o futuro.

  • Erros no processamento da informação com negativismo e supergeneralização – Esse negativismo e supergeneralização serão expressos por falsas interpretações da realidade pessoal com pensamentos absolutos e frases como estas: Tudo sempre me preocupa; Tudo dá errado comigo; Que azar tenho!; Tudo que faço é sempre muito difícil; Nunca as coisas dão certo para mim… etc.
  • Padrões automáticos e estereotipados na forma de responder (pensamento irreflexivo-impulsivo) – o que caracteriza o estado de ansiedade é, exatamente, essa impulsividade em relação à vida. A pessoa somente pensa nas consequências dos seus atos depois que eles já aconteceram, devido à irreflexão. Somente por meio do pensamento reflexivo é que conseguiremos desenvolver a serenidade.
  • Quer as coisas para “ontem” – Ele não vive o momento presente e, sim, projetado no futuro, mas se as coisas do futuro já tivessem acontecido ele já teria o controle.
  • Centrar-se em detalhes pequenos desfavoráveis e tirá-los do contexto, ignorando o que houver de positivo
  • Tendência à dúvida
  • Esquecimento permanente dos aspectos gratificantes acontecidos em seu passado
  • Juízos continuados de valor por meio de utilização de expressões como “é inútil”; “é revoltante”; “é impossível”; “não consigo”; não sou capaz… etc.
  • Vários sintomas psicossomáticos ocorrem especialmente devido à inquietude emocional e à secreção dos hormônios secretados pela glândula suprarrenal (adrenalina, noradrenalina e cortisol) – taquicardia; palpitações; dilatação das pupilas; constrição dos vasos sanguíneos; tremores nas mãos, pés e corpo em geral; hipersudorese; boca seca; tiques localizados; inquietude psicomotora; polaciúria (urinar muitas vezes); náuseas e vômitos; diarreia; opressão precordial; dores estomacais; sensação pseudovertiginosa (como se fosse cair); falta de estabilidade ao caminhar; mover-se continuamente de um lado para o outro (caminhar sem rumo); tocar algo com as mãos continuamente; hiperatividade global; anorexia/bulimia (perder o apetite / comer sem parar); diminuição ou aumento da libido.

É importante que vejamos a lista acima como sinais e sintomas da ansiedade, e que não é necessário que haja todos eles para que a pessoa possa se reconhecer ansiosa, porque existem o estado de ansiedade e a doença Transtorno de Ansiedade Generalizada. Muitos desses sintomas são dessa doença, constituindo-se em uma exacerbação do estado de ansiedade, que se torna patológico. Na doença, a pessoa encontrará mais sintomas e no estado de ansiedade alguns deles.
O Transtorno de Ansiedade Generalizada consiste em ansiedade e preocupação excessivas com diversos eventos ou atividades, ocorrendo na maioria dos dias por um período de pelo menos seis meses, sendo que a pessoa considera difícil controlar a preocupação. As pessoas com Transtorno de Ansiedade Generalizada frequentemente apresentam história de estado de ansiedade ao longo de sua vida.

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