Como usar o discernimento para sanar os conflitos dos relacionamentos
Em artigos anteriores refletimos sobre os conflitos no relacionamento conjugal entre Alice e Alberto. Abordamos que para superar esses conflitos Alice e Alberto são convidados a desenvolver duas técnicas: o silêncio proativo e o diálogo proativo. Neste artigo, concluiremos as nossas reflexões sobre como realizar o diálogo proativo para tornar a relação conjugal cada vez mais saudável.
Vimos nos artigos anteriores que é muito comum no relacionamento conjugal as discussões com o objetivo de convencer o outro e fazer o outro desistir daquilo que quer. Nas discussões tudo é válido, porquanto as pessoas acreditam que é legítimo agredir o cônjuge para vencer a disputa de pontos de vista. Entretanto, se pensarmos bem, não haverá verdadeiramente um vencedor na disputa, pois o casal somente perde, porque o relacionamento se deteriora com esse comportamento. Por isso, o diálogo proativo é uma ferramenta fundamental para que o relacionamento conjugal seja saudável.
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É imprescindível entender que, por exemplo, comentários destrutivos sobre outra pessoa provocam nela uma atitude defensiva, porque se constituem em uma invasão da sua individualidade. Descrevê-la de modo negativo produz a mesma reação, porque isso fere a sua autoestima. Invasões tóxicas geram reações que produzem sentimentos negativos como raiva, ressentimento, angústia ansiedade, frustração, tristeza etc. Se forem repetidas muitas vezes, podem até causar depressão.
Muitas pessoas pensam, equivocadamente, que a melhor defesa é uma boa ofensa, atacando o outro com comentários destrutivos e ofensivos, fato que só amplia a dificuldade de comunicação e mina a relação conjugal. Se você agir assim, somente vai gerar no seu cônjuge a defensividade, agredindo-o(a) de volta ou a desistência no qual ele/ela se autoanula, com grandes conflitos interiores. Isso torna a relação cada vez mais tóxica, que termina somente com a separação na qual, muitas vezes, com os cônjuges tornando-se inimigos um do outro.
Para que o diálogo proativo seja um recurso constante na vida do casal, somos convidados a trocar toda a comunicação tóxica pela comunicação compassiva, na qual exercitamos virtudes como a compaixão e o discernimento, como antídoto para as invasões verbais.
O exercício do discernimento
O exercício do discernimento é realizado oferecendo informações sobre si mesmo, por meio da expressão de sentimentos e pensamentos. Já a virtude da compaixão é o sentimento que leva a ver a outra pessoa da melhor maneira possível. Existe compaixão quando um cônjuge é capaz de reconhecer as boas intenções e as qualidades positivas do outro. Ser compassivo é perceber que as limitações da outra pessoa são áreas em que ela ainda está sendo convidada a evoluir e não como falhas de caráter realizadas de propósito. Com certeza, gostaríamos que os outros também nos percebessem da mesma forma.
Se agirmos assim, o relacionamento conjugal não será perfeito, mas será uma grande oportunidade aperfeiçoamento interior e prática de virtudes fundamentais para que sejamos felizes.
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