Depressão é frescura e falta do que fazer?
A depressão, por ser uma doença das emoções, não tem sinais físicos ou bioquímicos evidentes, como um acidente vascular cerebral – o popular derrame cerebral – no qual ocorre paralisia de um lado do corpo, ou um diabetes mellitus no qual há uma alteração bioquímica evidente, o aumento dos níveis de glicose por um exame de sangue realizado em qualquer laboratório.
Por causa disso é uma doença ainda muito incompreendida.
Muitas vezes o paciente deprimido houve afirmações do tipo “você não tem nada” ou “o que você tem é frescura”, ditas até por médicos, que após ouvirem as queixas do paciente solicitam exames complementares, que apresentam resultados negativos.
Essas afirmações lamentáveis advêm do fato, citado acima, de a depressão ser uma doença oculta do ponto de vista material.
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Isso produz estigmas e preconceitos com relação à doença que irá dificultar o seu diagnóstico e tratamento.
Por não ter nada do ponto de vista físico, muitos deprimidos acham que realmente não estão doentes, que têm uma fraqueza de caráter, que não têm força de vontade para superar os seus problemas, especialmente quando o paciente é do sexo masculino.
Essa falta de sinais físicos evidentes faz com que haja muita incompreensão por parte de parentes e amigos da pessoa depressiva, que sente um sofrimento real, mas que muitas vezes é minimizado pelas pessoas à sua volta com falas do tipo: “Depressão?! Larga de frescura, faça uma viagem que tudo vai passar”.
“Vá ao shopping se distrair que toda essa tristeza passa”.
“O que você tem é falta de força de vontade!”
“Você tem tudo e fica com essa frescura de depressão”.
“Isso é falta do que fazer, arranje uma ocupação que tudo passa.”
Tudo isso, ao invés de ajudar, aumenta ainda mais os conflitos da pessoa depressiva.
A depressão é uma doença real, sentida pela pessoa, muitas vezes, mais do que uma doença física que todos percebem e compreendem o sofrimento.
Por isso é fundamental que conheçamos os seus fundamentos, tanto aqueles que a possuem, quanto aqueles que lidam com pessoas deprimidas para que o problema seja realmente com foco em uma solução que realmente resolva a questão sem menosprezá-la ou exagerá-la.
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