Como lidar com o medo do futuro financeiro
Neste artigo, refletiremos sobre o medo do futuro, especialmente em relação às questões econômicas e financeiras, nesta época da pandemia do coronavírus (Covid-19).
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Além do medo de doenças e da morte, que já tratamos em outro artigo, muitas pessoas, atualmente, têm tido medo do futuro, ou seja, como lidarão com as repercussões geradas pela quarentena de âmbito quase mundial para conter a disseminação do coronavírus.
Há com muita razão um medo de se passar por necessidades financeiras, já que muitas pessoas estão perdendo os seus empregos, muitas empresas estão com os seus caixas praticamente zerados, devido ao fato de estarem impedidas de funcionar.
Muitas dessas empresas podem ir à falência e outras terem muitas dificuldades de voltarem a produzir.
Já é certeza que haverá uma redução do PIB mundial e o Brasil, que estava iniciando uma pequena recuperação do PIB e do nível de emprego, deverá ter um PIB negativo este ano e um aumento do desemprego.
Em meio a tudo isso é natural que fiquemos no mínimo apreensivos em relação ao futuro.
O medo natural está ligado aos instintos primários de sobrevivência quando há algum perigo que coloque em risco a vida da pessoa, mesmo que esse perigo seja, por exemplo, de passar necessidades de alimentação e habitação.
É esse medo natural que leva a pessoa a se precaver de possíveis dificuldades, com prudência e tranquilidade.
Uma pessoa segura, autoconfiante, mesmo que sinta medo do que pode acontecer, busca exercitar a coragem diante dos problemas, para encontrar soluções com naturalidade, colocando a sua capacidade à prova e aprende com a experiência.
Ela tem um medo natural do futuro e do desconhecido que a situação mundial gera neste momento, pois ele é fruto do instinto de autopreservação, que é superado com os cuidados e pela prudência com que realiza as suas ações.
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O MEDO PATOLÓGICO, DOENTIO
O problema não é esse medo natural e, sim, o medo patológico, pois esse tipo de medo paralisa as ações da pessoa porque é resultante da insegurança e da impotência, que fará com que a pessoa se sinta incapaz de se conduzir e se afirmar na situação em que estamos vivendo.
Nesses casos as chances da pessoa vir a passar grandes necessidades serão muito grandes.
A pessoa cria uma profecia autorrealizada, ou seja, ela fica com tanto medo de falir se tem uma empresa, de passar necessidades se ficar desempregada etc., que fica paralisada e não busca agir para encontrar formas de superar os problemas criados pela pandemia, resultando naquilo que ela tanto teme.
Tudo que está acontecendo torna a pessoa tão insegura, com medo de tudo e de todos, pois se acredita incapaz de lidar com a situação, o que a faz ficar acuada diante dos desafios que este momento da pandemia e da quarentena mundial trouxe ainda com mais intensidade para todos.
Em grau extremo pode paralisar a pessoa, que fica com medo de vivenciar a própria vida, em uma suposta incapacidade, gerando um caos em sua vida.
Essa paralisia acontece devido ao fato da pessoa ter muito medo de tomar decisões erradas e sofrer por isso.
Entretanto, o maior erro é a indecisão que o medo gera, paralisando as ações da pessoa.
Essa característica gera uma dependência psicológica em relação à aprovação dos outros, que são utilizados para validar a atuação da pessoa insegura.
A pessoa busca outras pessoas para ver o que fazer, mas não como uma opinião normal e, sim, para que os outros ajam por ela.
É fundamental que a pessoa reflita sobre a situação específica pela qual está passando e tome decisões, experimente realizar a ação e, caso algo saia errado, aprenda com os erros.
Isso não significa que a pessoa deva agir de forma imprudente e irresponsável, sem pensar nas consequências dos seus atos, para si e para os outros, porque isso também é patológico.
Tanto não agir devido ao medo é um problema, quanto agir de forma temerária, imprudente, também é um grande problema.
Parece, para aqueles que observam a vida de um ângulo superficial, que as pessoas temerárias são extremamente autoconfiantes, por não apresentarem medo de nada.
Na realidade, essa autoconfiança é falsa, pois ser temerário não significa ser corajoso.
O momento requer decisões muito bem refletidas e jamais imprudentes, porque a situação é realmente muito delicada.
É um momento de grande aprendizado para todos.
Para que você passe por este momento da melhor forma possível, além dos exercícios das virtudes da segurança interior, da autoconfiança, da coragem e do sentimento de aprendiz, o convite é de desenvolver também as virtudes da humildade e da mansidão.
Por que humildade e mansidão?
O que essas duas virtudes têm a ver com segurança e coragem?
Elas geram a aceitação das coisas como elas são.
A nossa realidade maior é a de sermos aprendizes da Vida.
O momento é um convite para um grande aprendizado em todos os sentidos: econômicos, de saúde, emocionais…
Agora, reflita há possibilidade de tornar um aprendiz sem exercício de humildade e mansidão? Não!
Somente fazendo exercícios de mansidão e de humildade vamos ter plena consciência dessa realidade, fato que gera a segurança de sermos Filhos de Deus, pertencentes ao Universo e que tudo o que está acontecendo, depois de passada a crise, veremos o aprendizado que gerou, caso façamos esforços de humildade e mansidão para aceitar a realidade, de modo a transformá-la em oportunidade de crescimento interior.
Portanto, é possível passar pela maior crise da humanidade, desde a segunda guerra mundial, segundo muitos analistas, agindo de forma prudente, corajosa, arrojada para poder superar todas as consequências emocionais e econômicas da pandemia do coronavírus.
Pense nisso!
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