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Você sabe o que é sentimento de vulneralidade e a relação que ele tem com a fé em Deus?

Você sabe o que é sentimento de vulneralidade e a relação que ele tem com a fé em Deus?

Neste artigo sobre Psicologia Consciencial continuaremos a refletir sobre a fé.

No âmbito da Psicologia Consciencial, trabalhamos a fé em uma visão não religiosa, não teológica, que surge a intrinsecamente dentro do ser humano.

A fé, quando despertada, compreendida e amadurecida, coordena e agrega todas as virtudes, em uma obediência profunda ao código moral de leis que trazemos na consciência.
Porém, enquanto ela está mirrada dentro do indivíduo, apegando-se aos dogmas teológicos e não à essência, ela não se enraíza dentro da sua intimidade.
A fé é um sentimento tão profundo, tão profundo que só é possível, de fato, ser desenvolvida quando todas as tentativas de negar ou de buscar exteriormente Deus de forma dogmática já não conseguem mais nos dar as respostas de que necessitamos.
Nesse momento, tomamos consciência de que a busca da fé deve acontecer dentro de nós mesmos e de que somente no altar interior do próprio coração para adorar a Deus, em espírito e verdade, é que encontraremos as respostas.

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Para que a fé se aprofunde dentro de nós, o indivíduo é convidado a reconhecer um sentimento que todos os seres humanos possuem quando estão momentaneamente ocupando uma personalidade transitória no corpo, o sentimento de vulnerabilidade. Reconhecendo-o, ele toma consciência de sua condição de criatura de Deus, intensamente necessitada, em todos os instantes, do amparo do Criador.
Por que sentimento de vulnerabilidade?
A vulnerabilidade existe em nós pelo simples fato de vivermos em um mundo inseguro, de sermos mortais por estarmos em um corpo transitório e que a qualquer momento podemos morrer, dentre outros fatores.
Quando tentamos negar esse sentimento devido à presença do orgulho, do egoísmo e da rebeldia, que levam o indivíduo a se pensar forte e autossuficiente, criamos o conflito de vulnerabilidade, que é um sentimento que surge para tentar rechaçar os medos gerados pela vulnerabilidade.
Quando agimos assim, a fé se torna débil ou inexistente, pois esses sentimentos egoicos impedem o exercício da virtude da fé.
Contudo, quando o indivíduo se permite reconhecer a sua condição de filho de Deus e a sua imensa vulnerabilidade diante de tantas coisas e questões que não pode controlar nem dominar, a humildade começa a brotar em seu peito.
Ele se entrega, então, ao Criador na certeza da presença de Deus em sua vida.
A entrega profunda ao Criador é o nosso grande objetivo, e tal constitui o propósito existencial de todos nós, a meta que trazemos em nossa consciência.

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O indivíduo consciente sabe, portanto, por que deve desenvolver a fé.
Quando um indivíduo entra em conflito relacionado à falta de fé, duvidando das questões profundas da vida, o que lhe acontece?
Ele experimenta a dúvida existencial e, por não se sentir criação de Deus, não se sentir nutrido pela vida, não encontra o propósito existencial, gerador da esperança e do estímulo para evoluir e se aprimorar enquanto Ser, superando todas as experiências-desafio da vida, transformando-as em experiências-aprendizado.
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