Como se tornar saudável e feliz se perdoando
A medicina, por meio de pesquisas em psiconeuroimunologia em Universidades e Centros Médicos de ponta nos EUA e Europa, como o The Simonton Cancer Center na Califórnia, tem demonstrado que o sentimento de culpa produz muitos bloqueios emocionais que resultam em doenças como o câncer, as doenças autoimunes, dentre outras. Por isso, libertar-se dela por meio do autoperdão é um grande fator para gerar saúde, bem-estar e felicidade.
A culpa é um sentimento composto de três outros: autojulgamento, autocondenação e autopunição, com os quais a pessoa se distancia da lei de amor porque exige de si uma perfeição, mas sem a coragem de se permitir o aperfeiçoamento gradativo a partir das várias experiências desafiadoras que a vida proporciona que devem ser transformadas em experiências-aprendizado. Trata-se de um processo de irresponsabilidade frente à vida, pois, em vez de buscar aprender e reparar o erro, gera estagnação.
As doenças surgem como resultado do processo de autopunição. Portanto, desenvolver o autoperdão para libertar-se desse movimento doentio de culpa e punição é intensamente saudável.
O autoperdão é uma virtude filha do amor e da compaixão por si mesmo, porquanto não significa acreditar que o erro é desculpável de uma forma simplista. Ao contrário, perdoar-se envolve a virtude da autoconsciência, com a qual o indivíduo sabe que é responsável pelas escolhas que realiza, que podem ser reflexivas e conscienciais ou impulsivas e egoicas, isto é, irresponsáveis, que produzem o mal para os outros e para si mesmo.
A pessoa que cultiva a virtude do autoperdão, quando erra, devido a ter agido de forma impulsiva e egoica, exercita as virtudes da humildade, da mansidão, do sentimento de aprendiz e do sentimento de filiação divina, promovendo o autoacolhimento responsável, no qual assume a verdade, ou seja, que errou, qualquer que seja o erro, mas que pode aprender com ele e repará-lo, quantas vezes forem necessárias.
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É isso que o autoamor e a autocompaixão geram: oportunidade de reparação, porquanto diferentemente da autocondenação, quando o indivíduo exercita a virtude da autocompaixão não se sentirá um ser execrável por ter errado, merecedor de sofrer para pagar o erro. Ao contrário, ele exercita as virtudes da verdade, da autenticidade e da indulgência, assumindo que fez escolhas impulsivas e egoicas, no presente ou no passado, e que como Espírito imortal, filho de Deus e aprendiz da vida, tem toda capacidade de aprender e corrigir os erros praticados. Por isso, exercita a coragem de se autoencontrar, agindo com o coração, vendo-se como alguém digno de se arrepender, aprender e reparar, propiciando a sua autotransformação responsável.
Isso produz sentido existencial em sua vida, porquanto quem se culpa boicota o tempo todo a própria felicidade devido à ausência de sentido e ao autodesprezo.
Quem se sente um aprendiz da Vida dá o melhor de si mesmo para fazer escolhas conscienciais, realizando esforços de aperfeiçoamento, transmutando tanto a negligência em relação a aprender nas várias experiências desafiadoras da vida, quanto a exigência de perfeição. Entretanto, mesmo dando o melhor que pode para fazer o melhor admite que pode errar e o erro é uma oportunidade para aprender e se superar.
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