O amor, o código moral e a verdade essencial
Em nossa experiência realizada ao longo de 26 anos desenvolvendo a Psicologia Consciencial, temos refletido que somos convidados a produzir um sentido no Universo, porquanto, se entendermos que o ser humano deve buscar um sentido, o sentido estaria teoricamente em algum lugar.
Entretanto, nós somos o próprio sentido do Universo, pois somos seres com consciência de nós mesmos. É isso que se caracteriza como sentido existencial. Esse é um processo de conexão na vertical da vida entre cada ser humano e o Arquétipo Primordial, fundamental para vivermos saudáveis espiritualmente. A busca de sentido também existe de forma secundária nas questões circunstanciais da vida.
Todavia, para manifestar esse sentido, o Ser é convidado a buscar a conexão com o código moral de leis que traz em sua consciência e trabalhar dentro de si mesmo o funcionamento desse código moral que inter-relaciona consciência com as leis morais, formando um eixo entre as leis e a autoconsciência.
O trabalho a ser realizado tem a ver com a prática das virtudes. Reflitamos a relação que existe entre as virtudes e o código moral. Somos convidados a conectar com as duas virtudes primordiais que nos caracterizam como Seres Essenciais, Espíritos imortais criados pelo Arquétipo Primordial para evoluir até a plenitude: o amor e a verdade essenciais.
O ser humano é um Ser Essencial em evolução que traz no núcleo de si mesmo o amor essencial e o código moral de leis, relacionado à virtude da verdade essencial. A união desses dois princípios, código moral e amor, dá origem a todas as demais virtudes.
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Por meio do código moral de leis, que se constitui em seu conjunto, na verdade essencial, estabelece-se o direcionamento do psiquismo do ser humano à prática das virtudes, que ele é convidado a acionar em si mesmo, entregando-se ao amor que é em essência.
Resumidamente, temos o amor que nos convida ao exercício de outra virtude: a entrega, e a verdade essencial convida ao exercício da virtude da ação transformadora.
A prática das virtudes, portanto, é fruto da vontade do Ser Consciente que decide por se entregar amorosamente à verdade que traz em si mesmo, que o convida a agir, cumprindo o código moral de leis.
Com relação à vontade de praticar as virtudes, podemos classificar o ser humano em três níveis de consciência: subconsciência, consciência e superconsciência, vejamos:
1. Subconsciência
O Ser encontra-se em uma subconsciência quando desconhece completamente a sua responsabilidade frente ao código moral e não se dispõe a exercitar as virtudes. Quando está nesse nível, o indivíduo se torna um peso para a sociedade, pois usa os outros em benefício próprio. Encontramos pessoas assim em todas as áreas e em todas as classes sociais.
2. Consciência
A consciência acontece com o Ser que já despertou para a responsabilidade frente à vida, sente que há um sentido profundo nela e quer produzir esse sentido que lhe traga felicidade. São pessoas que se esforçam para se melhorar, trabalhando com todas as suas forças para melhorar o mundo à sua volta também.
3. Superconsciência
A superconsciência inicia quando o indivíduo resolve por ser responsável em todas as circunstâncias de sua vida, conectando-se profundamente com o código moral de leis para desenvolver, efetivamente, as virtudes em seu dia a dia. São pessoas que se destacam pela bondade e compaixão por todos os seres, como Francisco de Assis, Gandhi, Buda e, sobretudo, Jesus Cristo.
Os sentimentos, quando estão sob a ação da vontade dignificada, relacionam-se às realizações nobres, constituindo-se em virtudes, tornando a pessoa equilibrada e conduzindo-a à sua finalidade superior que é a superconsciência.
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