Você acredita que deve combater os seus sentimentos negativos?
Muitas pessoas acreditam que para se libertar dos sentimentos negativos é necessário combate-los com veemência, reprimindo-os com todas as forças que temos em nós. Esse é um dos maiores erros que se pode realizar com relação ao domínio das emoções, porquanto, em vez de desenvolver as virtudes o que acontece é um processo de mascaramento dos sentimentos negativos e o desenvolvimento de pseudovirtudes.
Para que possamos nos libertar nos sentimentos negativos é imprescindível que o processo seja um ato de autoacolhimento amoroso de nós mesmos e não de autocombate, no qual se reprime os sentimentos.
O acolhimento amoroso inicia-se com a autoaceitação, que é o movimento de amar o próprio ego, por mais paradoxal que pareça a afirmação. É comum as pessoas combaterem os sentimentos egoicos negativos, voltando-se contra eles como se fossem inimigos a serem aniquilados. Costuma-se dizer que precisamos combater a raiva, a violência, a ansiedade etc. O movimento de combate aos sentimentos egoicos é uma postura desamor conosco. Ora, não se acaba com um sentimento negativo com outro sentimento negativo. É uma postura semelhante ao movimento de se jogar álcool no fogo para apagá-lo; ele é líquido e incolor como a água, mas é comburente e somente vai alimentar mais o fogo. Para apagar o fogo precisamos de um líquido que amenize o fogo, a água.
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Por isso somos convidados a amar o ego, isto é, aceitá-lo como ele é, para poder aplacar a sua energia e conduzi-la adequadamente como fazemos com o fogo que queremos apagar. É importante analisar que os sentimentos do ego não são nossos opositores. São apenas sentimentos que surgem onde o amor não está sendo exercitado. Por isso, ao levar o amor essencial ao ego, daremos o primeiro passo, para nos libertarmos dos sentimentos egoicos, percebendo que temos esses sentimentos porque não estamos exercitando as virtudes que os transmutam.
Por exemplo, a ansiedade representa o não exercício da serenidade; a tristeza, o não exercício da alegria; a intolerância, o não exercício da tolerância etc.
Somos convidados a aceitar que temos sentimentos negativos a serem transformados, mas que não somos negativos em essência. A aceitação de que temos esses sentimentos negativos, mas que somos essencialmente bons, amorosos, nos libertará da culpa pelos equívocos que cometemos e, por meio do exercício das virtudes, possibilitará a nossa transformação interior para melhor, por meio do amor e das demais virtudes dele derivadas, liberando-nos de muitas amarras que impedem o nosso autodesenvolvimento, fazendo com que nos responsabilizemos pela construção de nossa felicidade e plenitude.
Agindo assim, fazendo esforços para nos acolher aceitando que temos sentimentos negativos a serem transformados por meio de atos de amor por nós mesmos e por outras seres realizamos a identificação com a energia de amor que irá potencializar o Ser Essencial, a Essência Divina que somos, tendo como resultado a diluição do ego, propiciando a plenitude e felicidade geradoras da Saúde Integral.
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