Muitas vezes ouvimos queixas de pessoas que se dizem infelizes porque tudo concorre para isso: esta ou aquela pessoa é culpada por serem assim, o seu chefe no trabalho, o seu marido, a sua esposa, o filho, o governo que não ajuda, a má sorte.
Alguns chegam até a culpar Deus pela situação de infelicidade, de insatisfação em que se encontram, dizendo: O que eu fiz para Deus para sofrer tanto assim, para ser tão infeliz.
Enfim, toda uma série de situações concretas ou abstratas são utilizadas para transferir a responsabilidade de suas vidas para terceiros, como se essas pessoas fossem meros coadjuvantes e não atores principais no palco da própria vida.
Tal comportamento é consequência do mecanismo egoico de fuga de si mesmo. O indivíduo utiliza a racionalização e a transferência. Por meio da racionalização, ele procura fugir dizendo para si mesmo que são as atitudes dos outros que o impede de ser feliz; os outros é que são culpados por todos os seus infortúnios.
Na realidade, a pessoa está usando a transferência ou projeção, pois no fundo ela própria se sente muito culpada pelo que lhe acontece, mas, como não pode suportar essa ideia, transfere-a para terceiros reais ou imaginários.
Para mudar a vida é fundamental mudar esse estado e assumir a responsabilidade pela condução de própria vida, buscando um sentido profundo para a vida.
Façamos um parêntese para analisar a questão da culpa. Em Psicologia Consciencial, utilizamos o termo responsabilidade em substituição ao termo culpa, porque responsabilidade é uma palavra que pressupõe uma atitude proativa, dinâmica diante da vida, constituindo-se em uma virtude muito importante para ser desenvolvida, enquanto a culpa é um dos sentimentos egoicos, negativos, que mais gera limitações ao ser.
Quem assume responsabilidade almeja mudar de comportamento, quer melhorar aquilo pelo qual não se encontra satisfeito. Ao contrário, quem culpa os outros ou se culpa, está, na realidade, tendo uma atitude de passividade, acomodando-se à situação, ou reagindo a ela, sem necessariamente mudá-la para melhor.
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Ter uma atitude de responsabilidade diante da vida é parar de se lamentar ou se revoltar pelos infortúnios que acontecem e buscar uma atitude construtiva, de ação, em que se assume a vida com todos os seus desafios, tornando-a cada vez mais harmonizada e feliz.
Todos nós podemos, somos capazes e merecemos uma vida assim, responsabilizando-nos por uma vida cada vez repleta de sentido.
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