O ser essencial
Um dos conceitos mais importantes da Psicologia Consciencial é a existência do Ser Essencial como o núcleo mais profundo de nosso Ser.
Reflitamos: se o Ser fosse um corpo pensante por que teria anseios elevados de transcender a vida puramente biológica? Se o Ser fosse um corpo pensante não se explicaria os questionamentos humanos sobre o sentido da vida, pois os animais não fazem esses questionamentos, apenas o ser humano. Portanto, somente uma dimensão espiritual pode explicar de uma maneira lógica a busca inata de sentido existencial que há em todo ser humano, e que, quando ele não o encontra dentro de si mesmo, em sua dimensão noética[1], surgem doenças como a depressão e a ideação suicida.
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Outra questão que se apresenta no quesito da dimensão espiritual são as múltiplas existências pelas quais o Ser passa em seu processo de aperfeiçoamento, pois o ser humano não é apenas espírito, mas evolui em várias experiências corporais ao longo do tempo.
No que tange a essa questão temos as pesquisas de eminentes cientistas em Universidades de ponta trabalhando com a hipótese da reencarnação; das experiências de quase morte; com a meditação e a oração, dentre outras questões de ordem espiritual.
A esse respeito reflitamos sobre o que diz o Dr. Larry Dossey, M.D, um dos cientistas que tem pesquisado seriamente a questão espiritual, no início de seu livro Reencontro com a Alma, relatando um caso ocorrido com uma paciente chamada Sarah, que durante uma cirurgia teve uma parada cardíaca, que foi logo restabelecida. Durante a cirurgia ela percebeu, com incrível quantidade de detalhes, toda a ação ocorrida na sala cirúrgica.
Vejamos o relato do Dr. Larry Dossey a respeito da experiência de Sarah:
A cirurgia correu tranquilamente até os últimos estágios da operação. Foi então que algo aconteceu. Quando o médico fechava a incisão, o coração de Sara parou de bater. Seria uma reação do anestésico? Um distúrbio eletrolítico não detectado no sangue? Resultado de algum problema cardíaco subclínico? O monitor cardíaco de repente acusou fibrilação ventricular, uma turbulenta e caótica agitação elétrica no coração, em que não ocorrem batidas definidas. Mas a emergência terminou num minuto, tempo necessário para que o anestesiologista fizesse a desfibrilação como o LifePak, aparelho sempre disponível na sala de operação.
Porém, Sarah conservava outra marca da sua experiência cirúrgica, além da dor que sentia no lado de onde fora removida uma vesícula biliar cheia de pedras e das marcas avermelhadas e concêntricas feitas em seu peito pelo desfibrilador. Ela carregava algo mais, algo que a deixou espantada e também a equipe cirúrgica – uma nítida memória da agitada conversa dos cirurgiões e enfermeiras durante sua parada cardíaca; a disposição espacial da sala de operação as anotações no quadro de horários da antessala; o penteado da ajudante de enfermagem, os nomes dos cirurgiões que estavam na sala dos médicos, no fim do corredor, esperando a conclusão do seu caso; e mesmo um fato insignificante, de que o anestesista estava usando meias de cor diferentes. Ela sabia de tudo isso, apesar de ter estado totalmente anestesiada e inconsciente durante a cirurgia e a parada cardíaca.
Mas o que fazia essa visão de Sarah ainda mais significativa era o fato de ser ela cega de nascimento.
Essa experiência que o Dr. Larry Dossey cita em seu livro é muito significativa. Ela demonstra exatamente somos um espírito habitando um corpo e que há um corpo fluídico, além do corpo físico. As experiências de quase morte, bem como as experiências de regressão de memória a existências anteriores também demonstram isso, algo que as tradições do oriente, como a medicina tradicional chinesa, que nos legou a acupuntura, já estudam há séculos.
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Somos, portanto, um espírito que além do corpo físico, tem um corpo fluídico com todos os órgãos do corpo físico e que na dimensão espiritual não tem limitações como a cegueira desde o nascimento, que Sarah trazia no corpo físico. Os olhos, o nervo ótico, a região do cérebro responsável pela visão etc do corpo fluídico de Sarah estavam intactas. Os problemas visuais residem apenas no corpo físico. Por isso, ela pôde ver de forma consciente pela primeira vez nesta existência, pois estava completamente emancipada do corpo, em uma típica experiência de quase morte.
A experiência de quase-morte é uma experiência de lucidez. Durante aquele momento em que Sarah estava sendo operada ela viu todo ambiente, vê detalhes que jamais uma pessoa cega no corpo físico conseguiria perceber, mas que emancipada do corpo físico pode perceber naturalmente.
O Dr. Dossey acumula argumentos como esses para concluir que a mente humana seria não-localizada e estaria fora do corpo. Ele pondera ainda que nós incorreremos em erro se insistirmos, como o fazem os cientistas céticos, na localização da mente no cérebro.
Os médicos materialistas explicam que as EQMs são fenômenos ligados ao cérebro. Contudo, como é que uma pessoa cega de nascença pode enxergar algo se ela nem tinha como formar imagens, como a descrição de toda sala cirúrgica. Até para uma pessoa que não seja cega descrever uma sala cirúrgica seria difícil, quanto mais uma pessoa leiga e cega. Por isso, as explicações materialistas não convencem. Agem de forma dogmática, apesar de que a ciência nem os cientistas nunca deveriam ser dogmáticos, porque não querem nem saber dos relatos porque eles chocam com o sistema de crenças materialista a que se mantém aferrados.
A Psicologia Consciencial tem como função ressignificar esse dogmatismo sem sentido no âmbito científico.
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[1] Disciplina que define a dimensão espiritual do homem.
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