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A explicação da psicologia consciencial para a origem do universo

A explicação da psicologia consciencial para a origem do universo

A concepção de Deus na Psicologia Consciencial não tem nada de teológico-dogmática. Vemos Deus como o Arquétipo Primordial, ou seja, a Energia Criadora que deu origem a tudo que existe no Universo.
Reflitamos sobre essa concepção a partir da lógica e do bom senso.
O Universo, que, pelos cálculos atuais da ciência na Terra, possui dois trilhões de galáxias extremamente complexas como a Via-láctea, surgiu do acaso sem a intervenção de uma energia criadora, diz a ciência materialista. Essa explicação materialista para a origem do universo é lógica e racional?
Tudo que existe no Universo, no entanto, é regido por leis naturais. De onde vieram as leis da natureza? A maioria dos cientistas tem profundo respeito por essas leis. São elas que tornam a ciência possível, inteligível e lógica. As atividades científicas são resultantes, na verdade, das descobertas do funcionamento dessas leis, como as leis da gravitação universal, as leis da termodinâmica, as leis da química, da biologia e centenas de outras.
Existem leis que seguem constantes matemáticas precisas e complexas. Como é possível tamanha precisão? Os cientistas materialistas postulam uma quantidade impressionante de acontecimentos acidentais, que se encadeiam uns aos outros por meio do acaso, é que produziu tudo o que existe na natureza. Contudo, como é possível um acaso inteligente que cria constantes matemáticas muito trabalhosas até para se desvendar?
Por que o Universo é organizado da forma que é se ele surgiu de uma grande explosão que aconteceu por acaso? Como pode uma explosão dar origem a um todo organizado, que funciona assim porque existem leis naturais, sem uma causa inteligente a organizar esse todo?
O que conhecemos do acaso é que ele não gera organização, portanto o Universo deveria ser formado por substâncias amorfas, aglutinadas de maneira fortuita e não por galáxias complexas. Isso é o que se esperaria de uma atividade aleatória, mas não é o que ocorre. É exatamente o contrário; o Universo é altamente organizado por meio de leis.
Como um Universo organizado poderia surgir do nada e, casualmente, ter as leis necessárias para a sua existência? Esse padrão parece totalmente contrário à tendência à desorganização que normalmente vemos a partir de fenômenos da natureza, como os tornados, as tempestades e os furacões. Os elementos tendem a se desorganizar e não a se organizar ainda mais sob a ação das intempéries. Quando um furacão atinge uma região, tudo tende a se tornar muito desorganizado. Será que alguém em sã consciência diria que um furacão ou um tornado passando por um ferro velho pode construir, com as partes de um carro que se encontram nele, um automóvel pronto para funcionar? É claro que não, diria o mais ferrenho materialista. Um automóvel é um fenômeno inteligente de uma causa inteligente, o homem. Mas será que um veículo é mais complexo que uma galáxia?
O acaso gerando algo organizado como o Universo após uma grande explosão seria semelhante a uma explosão de um dicionário gerar um romance, ou mesmo um simples conto, artigo ou poesia. Seria isso possível?
Não é possível explicar o Universo material pelo acaso, a não ser de uma maneira dogmática, incompatível com a verdadeira ciência. Agora, imaginemos o funcionamento de todos os fenômenos inteligentes que a consciência e a mente humana produzem; seria também fruto do acaso e da agregação aleatória da matéria cerebral? A lógica e o bom senso dizem que não; isso seria impossível.
E a vida com toda a complexidade que existe nos seres vivos seria possível explicar tudo a partir do acaso? Reflitamos a partir de um dado colocado no livro Deus e a Ciência, do filósofo Jean Guitton:

Tomemos um caso concreto: uma célula viva é composta de uns vinte aminoácidos que formam uma cadeia compacta. A função desses aminoácidos depende, por sua vez, de cerca de duas mil enzimas específicas. Continuando o mesmo raciocínio, os biólogos foram levados a calcular que a probabilidade de que um milhar de enzimas diferentes se aproximem de um modo ordenado até formar uma célula viva (ao longo de uma evolução de muitos bilhões de anos) é da ordem de 101.000 contra um. O que equivale a dizer que essa chance é nula[1].

 É fundamental refletir que não são apenas as enzimas necessárias para o funcionamento dos aminoácidos e que uma célula também é formada de muitos outros elementos, gerando um todo imensamente organizado. Agora, e se pensarmos nos tecidos, nos órgãos, em um ser humano vivo com a sua mente e consciência, qual seria a probabilidade de tudo isso ter surgido por acaso?
Se somente para 1.000 enzimas a chance é nula, jamais o acaso produziria a variedade complexa de seres vivos que temos na Terra.

Leia ainda: Os níveis de religião segundo Albert Einstein

Agora, com o Dr. Francis Coolins, diretor do Projeto Genoma que decifrou o código genético humano, em seu livro A linguagem de Deus:

Se os humanos evoluíram rigorosamente por meio de mutação e seleção natural, quem precisa de Deus para nos explicar? A isso, retruco: eu preciso. A comparação entre sequências de chimpanzé e do ser humano, embora interessante, não nos explica o que é preciso para ser humano. A meu ver, apenas a sequência de DNA, mesmo acompanhada por um imenso baú do tesouro com dados sobre funções biológicas, nunca irá esclarecer determinados atributos especiais de humanos, como o conhecimento da Lei Moral e a busca universal por Deus.

[…]

Para mim, que acredito em Deus, a descoberta da sequência do genoma humano traz um significado adicional. Esse livro foi escrito na linguagem do DNA, pela qual Deus se expressou para criar a vida. Experimentei uma sensação arrebatadora de admiração na pesquisa desse que é o mais importante de todos os textos biológicos. Sim, está escrito em uma linguagem que mal compreendemos, e levará décadas, se não séculos, para entendermos suas instruções; no entanto, atravessamos uma ponte de mão única rumo às profundezas de um novo território.

[…]

Por se preocupar com o fato de que a ciência está corroendo a fé ao promover uma visão de mundo ateísta, espero que tenha restaurado sua confiança graças ao potencial de harmonia entre a fé e a ciência. Se Deus é o criador de todo o Universo, se Deus tem um plano especifico para a entrada da humanidade em cena e se Ele deseja uma afinidade com os humanos, nos quais injetou a lei moral para que se aproximassem Dele, Deus não pode ser ameaçado pela nossa mente minúscula e seus esforços para compreender a magnitude de Sua criação.

[…]

É hora de pedir uma trégua na guerra cada vez mais acirrada entre ciência e espírito. Essa guerra nunca foi de fato necessária. Como em tantas contendas mundanas, essa foi iniciada e intensificada por extremistas de ambos os lados, soando alertas que previam ruínas próximas a menos que o outro lado fosse eliminado. A ciência não é ameaçada por Deus; ela é aprimorada. Certamente Deus não é ameaçado pela ciência; Ele a possibilitou por completo. Por isso, busquemos, juntos, recuperar os fundamentos sólidos de uma síntese satisfatória entre intelectualidade e espiritualidade de todas as grandes verdades. A terra natal da razão e da adoração nunca correu o risco de se esmigalhar. Nunca vai ocorrer. Ela acena para que todos os que buscam sinceramente a verdade venham e fixem residência. Atenda a esse chamado. Abandone a posição de luta. Nossas esperanças, alegrias e o futuro de nosso mundo depende disso.[2] (grifos nossos)

Brilhantes as reflexões que o Dr. Collins nos proporciona. Vemos pelas milhares de evidências existentes nas leis naturais que regem o mundo físico, que há uma força inteligente por trás de todas elas.

Ainda existe, devido aos dogmas religiosos, uma visão antropomórfica de Deus, proveniente do dogmatismo teológico, que nos afasta dele. No entanto, as constatações científicas, como a do Projeto Genoma, nos encaminham para uma visão de Deus Cósmico, Energia Criadora do Universo, o Arquétipo Primordial.
[1] GUITTON, J. Deus e a Ciência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991, p.49.
[2] COLLINS; F. S. A linguagem de Deus. São Paulo: Gente, 2007, p. 129,130, 146, 233, 236, 237.

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