Como desenvolver uma conversa amigável nos conflitos de relacionamento
Em nosso artigo anterior começamos a refletir sobre os conflitos no relacionamento conjugal entre Alice e Alberto. Abordamos que para superar esses conflitos Alice e Alberto são convidados a desenvolver duas técnicas: o silêncio proativo e o diálogo proativo. Neste artigo refletiremos sobre o diálogo proativo.
No relacionamento conjugal é muito comum a chamada D.R., ou seja, discutir a relação, em que, quase sempre, um dos cônjuges fala, comumente, a mulher e o outro, o marido, geralmente, escuta sem ouvir, ou reage imediatamente, agredindo, tornando o relacionamento ainda mais tóxico.
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Por que isso acontece? Porque a discussão é um processo de comunicação egocentrado, na qual um quer falar mais alto que o outro, ou um se cala externamente, autoanulando-se para que a opinião do outro prevaleça, porém, permanecendo com a falação mental com a energia mental tóxica, que abordamos no artigo anterior.
A forma adequada de comunicação é a proativa holocentrada, realizada por meio do diálogo.
A palavra diálogo origina-se do grego dia (através de) logos (linguagem, significado). Podemos dizer que é pelo diálogo que buscamos um significado. Na comunicação holocentrada, usamos a linguagem adequada, superando o individualismo pelo respeito à individualidade das pessoas. O objetivo é a busca de compartilhar opiniões diferentes, compreendendo cada um as razões do outro e chegando a uma meta única e melhor, ou consentindo que a ideia de alguém deva prevalecer por ser a melhor dentre as colocadas no diálogo.
No diálogo proativo, ambos os cônjuges emitem a sua opinião, mas estão dispostos a abrir mão de algum pensamento que não esteja condizente com o objetivo geral proposto, para produzirem um bem maior ainda para a ambos e para a família.
Estabelecendo um diálogo
Estabelecemos diálogo amigável, buscando o que há de útil e certo nas ideias de cada um, respeitando as diferenças de maneira positiva, partindo do pressuposto de que somente se desenvolvem as ideias a partir das diferenças e desde que cada um busque o melhor para todos, e não a prevalência do seu ponto de vista em detrimento do ponto de vista do outro. O foco está no aprendizado que as ideias diferentes podem gerar.
Nesse tipo de comunicação, quando divergências acontecem, busca-se colocá-las com tato para não ferir o outro, pois o objetivo não é vencer nem convencer, mas compartilhar experiências.
Contrastando com o diálogo proativo, a discussão da relação acontece de maneira repetitiva. Seu objetivo é vencer ou convencer o outro, fazendo-o se calar. De outro lado, é inautêntica quando evita, a todo custo o conflito.
O diálogo proativo é uma ferramenta fundamental que o casal é convidado a se esforçar para desenvolver. Essa tarefa é muito trabalhosa, porque os sentimentos egoicos ainda falam muito alto em nós. Com exercícios de amor incondicional, renúncia, compaixão mansidão, humildade, contudo, poderemos desenvolver gradativamente esse recurso.
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