Você sabe o que é a criança interior ferida? Saiba como curá-la para ser feliz!
Laura tem 36 anos, é uma pessoa que se sente muito infeliz, encontrando-se, em depressão.
Laura tem sentimentos de menos-valia, insegurança, vitimização, baixa autoestima e muita infelicidade.
Segundo ela, desde a infância é infeliz, porque o seu pai era muito autoritário e agressivo.
Laura é uma pessoa que traz em si uma criança interna ferida.
É sobre isso que trataremos neste artigo: como a criança interna ferida é formada e como a pessoa pode curar a sua criança interna, a partir da história de Laura.
Laura passou a infância inteira ouvindo acusações como estas do seu pai: como você é burra; você é uma desajeitada; como é lerda essa menina, não dá conta de fazer nada; essa menina nunca vai ser alguém na vida de tão burra e lerda que ela é.
Isso acontecia todas as vezes que ela tinha alguma dificuldade na escola ou em casa.
Muitas vezes o pai a comparava com o irmão: Laura, porque você não faz as coisas como o seu irmão?
Ele, sim, é capaz, é inteligente.
O seu pai sempre repetia estas e outras repreensões semelhantes, que a desqualificavam.
Na segunda infância, ela mesma passou a dizer: eu sou burra, não sou capaz de aprender.
Eu não consigo fazer nada certo.
Eu tenho que fazer muito mais esforço do que os outros para produzir a mesma coisa.
Vivia em um estado de tensão, ansiedade e muita insegurança.
Em casa estava sempre arredia, com medo de fazer qualquer tarefa doméstica e ser repreendida pelo pai.
Vivia repetindo para si mesma e para os outros: eu não consigo fazer nada direito; eu sou uma imprestável; sou incapaz.
Devido a pensar assim, entrou em depressão e não via solução para a sua vida, momentos em que pensava em morrer.
Laura passou toda a sua infância e adolescência ouvindo as mesmas repreensões, tornando-se uma pessoa com uma autoestima extremamente deficiente, tímida, insegura, pessimista, com um complexo de inferioridade muito grande.
Depois que se tornou adulta, muitas vezes reage a esse estado, dizendo para si mesma: Isso não pode ser assim; eu não sou burra; eu não sou incapaz; eu preciso sair dessa; eu tenho que mostrar que sou capaz.
Entretanto, Laura logo volta a se sentir incapaz, passando a sabotar toda oportunidade de mudança de atitude e se equilibrar.
Isso é muito comum acontecer com as pessoas que tiveram uma infância como a de Laura, porque trazem uma criança interior ferida.
Enquanto não houver um acolhimento dessa criança interior para curar as feridas psíquicas, os conflitos permanecem e, portanto, a autossabotagem e a consequente infelicidade.
COMO SE PRODUZ AS FERIDAS PSÍQUICAS NA CRIANÇA INTERIOR
Quando um pai, ou a mãe, chama um(a) filho(a) de estúpido, de débil mental, de burro e outros adjetivos negativos – Você é estúpido, é um débil mental, é burro…, – como fez o pai de Laura –, o que acontece na mente do filho, especialmente na primeira infância, período que vai do nascimento até os sete anos de idade?
Nessa fase a criança não tem capacidade de abstrair, de separar o que realmente são dificuldades dela, das dificuldades dos pais.
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Quando eles a estimulam negativamente – e o pai e a mãe fazem isso, comumente, com muita energia mental extremamente tóxica, gritando, acusando, de dedo em riste –, irão gerar graves comprometimentos de sua formação psicoemocional.
Toda a criança, principalmente até os 7 anos, é totalmente dependente do pai e da mãe ou, na falta destes, de outros adultos que os substituam.
A criança é totalmente dependente e essa dependência gera impotência em relação ao meio, uma impotência natural.
Um recém-nascido, por exemplo, se não tiver um adulto para cuidar dele, perece depois de algum tempo.
Isso acontece até mais ou menos os 7 anos.
Se uma criança na primeira infância for abandonada e não tiver um adulto para cuidar dela, perece, pois não sabe ainda se manter.
A partir dos 7 anos ela começa a ter uma independência um pouco maior.
De um modo geral, já consegue fazer várias coisas sozinha.
Como o aprendizado será fixado por meio de padrões verbais e imagens, a criança aprende que é burra, que é débil mental, que nunca vai ser nada na vida, que não tem nenhum valor…
Ela tende a repetir isso mentalmente para si mesma, por meio do diálogo interno, ou para as outras pessoas, ao mesmo tempo em que se imagina burra, incapaz etc.
É isso que os pais estão fazendo com seus filhos, mesmo se têm boas intenções – que estão mal direcionadas –, incitando a baixa autoestima, a incapacidade etc.
Com o tempo, esses estímulos são transformados em crenças, não necessitando mais do estímulo negativo dos pais.
Com o tempo o estímulo virá, após a fixação do aprendizado em forma de crença, da própria criança.
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Quando o filho, ou filha, for para a escola e tiver alguma dificuldade, dirá assim: Eu sou burro. Eu sou um débil mental. Eu não consigo aprender. Tenho que estudar mais do que os outros para aprender, porque sou burro.
Os pais já não precisam falar isso para a criança, pois ela mesma se deprecia dessa forma.
É claro que os estímulos negativos dos pais muitas vezes continuam, mas apenas reforçam aquilo que já está implantado.
Ao agirem assim, geram ferimentos psíquicos em seus filhos, repetindo um padrão que eles próprios, muitas vezes, tiveram dos seus pais e que também os tornaram crianças feridas.
A repetição sistemática de estímulos negativos com que o pai, a mãe, professores e outros adultos significativos, que se comunicam com a criança, funciona como uma ordem hipnótica para ela.
Imaginemos uma criança, principalmente na primeira infância, ouvindo durante anos a fio, dia após dia, frases como estas: Você é burro/a; você é desajeitado/a; como é lerdo/a esse/a menino/a; nunca vai conseguir ser alguém na vida, carregadas de energia mental tóxica, agressiva.
Após certo tempo, os esquemas cognitivos se tornam uma crença.
A criança passa a crer que não tem nenhum valor, que é incapaz etc., tornando-se profundamente ferida.
Cada movimento de prepotência do pai, ou da mãe, e outros adultos significativos – como os professores –, vai gerando feridas na criança.
Isso começa na própria infância.
Só que, psiquicamente, a criança não desaparece.
A estrutura psíquica da criança permanece, mesmo quando a pessoa cresce e se torna adulta.
Essa estrutura permanece sob a forma de uma criança interna ferida.
No caso de Laura, quando adulta, qualquer pessoa que tenha certa autoridade, representará as figuras de autoridade da sua infância, especialmente seu pai e sua mãe.
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Mesmo já sendo adulta, a sua criança interior ferida estará tentando mostrar para os pais que é capaz e, por associação, a todas as outras pessoas.
Por isso, quem vive assim, torna-se uma pessoa muito infeliz.
Tudo representa uma ameaça.
Está sempre tentando provar aos outros que é capaz e, ao mesmo tempo, as suas crenças boicotam a sua capacidade.
A criança interior é, portanto, a estrutura psíquica subconsciente que trazemos, fruto das experiências que tivemos na infância, que pode ter sido mais, ou menos feliz, ou pode ter sido mais, ou menos maltratada.
Quando a pessoa foi maltratada na infância, a criança interna que esse adulto traz em si, está ferida, necessitando ser curada.
COMO ACOLHER A CRIANÇA INTERIOR FERIDA PARA QUE ELA SE TORNE FELIZ
Quando trazemos a estrutura psíquica da criança interior ferida somos convidados a nos aprofundarmos em nós mesmos, para ter acesso à nossa criança ferida, para que possamos curá-la, tornando-a uma criança interior feliz.
Todos nós podemos curar a nossa criança interior.
É importante que todos os pais e mães curem a sua criança interior ferida para tratar melhor os seus filhos, porque, caso contrário, tenderão a repetir de forma subconsciente, mesmo que queiram tratar os filhos de forma diferente, os padrões de ferimentos que receberam dos seus pais.
Muitos dos dramas vividos em família advêm da falta de amor que o pai e a mãe tiveram quando criança, e que acabam por se vingar de uma forma subconsciente nos próprios filhos.
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Isso acontece por trazem as suas crianças internas profundamente feridas, e não se dispõe, depois de adultos, a amá-las para poderem amar os seus filhos.
Para que haja a cura da criança interior ferida somos convidados a atuar com o Adulto Essencial, o Terapeuta Interior, ou seja, a Essência Divina que todos nós somos, de modo que ele acolha a criança.
O Terapeuta Interior é o nosso lado amoroso, bom e belo, que tem o poder de amar e curar a nossa criança interior ferida.
Trazemos, dentro de nós, toda uma estrutura psíquica amorosa capaz de dar amor para a nossa criança interior ferida, para poder curá-la.
O acolhimento do Terapeuta Interior é realizado por meio do exercício de amor incondicional e da autoaceitação.
É esse autoamor que vai fazer com que a nossa criança interior ferida se torne uma criança interior feliz.
É fundamental que façamos esse trabalho conosco.
É possível fazer exercícios de visualização terapêutica, todas as vezes que percebermos a criança interior ferida se manifestando indiretamente por meio da impotência, insegurança, medo ou dependência afetiva que sentimos quando adultos, ou diretamente quando lembramos das feridas psíquicas que trazemos da infância.
Nesses exercícios de visualização terapêutica devemos nos proporcionar encontros amorosos entre o Terapeuta Interior e a criança interior ferida, de modo a acolhê-la e fazer com que ela perceba que o desamor vivido é do passado, e que ela tem um adulto amoroso o tempo todo com ela, amparando-a e amando-a, incondicionalmente.
Para isso, a pessoa é convidada a fazer um relaxamento físico e mental, com os olhos fechados, e com uma música suave, para entrar em um estado ampliado de consciência.
Depois que estiver bem relaxada e concentrada em seu eu interior, a pessoa deve trazer à sua memória fatos da infância nos quais se sentiu abandonada, ferida emocionalmente, julgada e condenada, tratada de maneira insensível, enfim situações infelizes vividas na infância, nas quais os adultos significativos de sua vida a fizeram sofrer de alguma maneira.
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Após essa rememoração, a pessoa deve imaginar o seu Adulto Essencial Amoroso acolhendo a sua criança interior, tratando-a com carinho, colocando-a no colo, abraçando-a, conversando com ela, enfim, da forma como a pessoa refletir ser a mais adequada, ela deve se acolher com muito amor.
Foi isso que Laura foi orientada a fazer com a sua criança interna, diariamente, até que a sentiu curada, sentindo-se amparada pelo seu Adulto Essencial amoroso.
Um cuidado que se deve tomar no acolhimento para a cura da criança interior ferida é evitar que, ao invés de assumir a postura do Adulto Essencial amoroso de amor incondicional, tratando a criança com amor, respeito e carinho, assumamos uma postura do adulto egoico mascarado, tratando-a com pseudoamor, como uma coitada, como se ela fosse uma vítima incapaz, superprotegendo-a.
Só seremos adultos equilibrados, se a nossa criança interior estiver feliz e equilibrada, liberta tanto do desamor quanto do pseudoamor.
Isso é possível para você também! Ame-se!
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