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Você sabe por que a depressão está relacionada com a culpa? Surpreenda-se com a resposta!!!

Você sabe por que a depressão está relacionada com a culpa?

Neste artigo, refletiremos sobre a relação entre a culpa e a sua relação com a depressão.
A pessoa depressiva quase sempre é atormentada por um sentimento de culpa muito grande.
Essa culpa pode ser originada de um fato bastante objetivo, do qual ela se lembra perfeitamente, por exemplo um aborto cometido, uma traição, um assassinato etc., ou algo que ela não se dá conta conscientemente.
Neste último caso, há uma culpa intrínseca, sem um fato real, no qual possa se referir objetivamente. A pessoa sente culpa sem saber o porquê.
Comumente, atribui a culpa a si de tudo que acontece negativamente em sua vida e na das pessoas com as quais ela convive.
Dentro de uma visão psicológica consciencial esse sentimento de culpa tem como raiz situações criminosas cometidas no passado espiritual da pessoa, cujas lembranças estão reprimidas em nível subconsciente, mas que afloram sob a forma dessa culpa sem motivo aparente.
Para entender como esse sentimento de culpa gera a depressão, vamos nos ater à causa espiritual mais profunda da depressão.
A pessoa com tendência depressiva quer que ela própria e o Universo à sua volta estejam em conformidade com os seus desejos, ou seja a forma que ela acredita ser perfeita, resultado de um sentimento de onipotência que ela gostaria de ter para fazer com que tudo o que ela desejasse ser diferente que assim fosse.
Com esse desejo, ela gostaria de se igualar a Deus em perfeição e fazer com que o mundo à sua volta seja “perfeito”, ao seu jeito.

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É aí que nasce o sentimento de culpa, pois as imperfeições que ela traz em si e as que existem à sua volta – nas pessoas com quem convive e no mundo – não são aceitas por ela, e assim acaba se rebelando contra essas imperfeições, tanto as reais quanto as imaginárias.
Todas essas imperfeições que geram os erros em si mesma, nos outros e no mundo à sua volta são grandes produtores de conflitos conscienciais para a pessoa.
Ela não os aceita, pois seu desejo é que não existissem os conflitos causados pelas imperfeições.
Então, como ela não pode mudar as circunstâncias internas e externas, apenas com base em seu desejo, cai numa posição de impotência com o processo depressivo.
Façamos um parêntese para analisar mais profundamente o conflito.
Todo conflito é um convite ao crescimento da criatura.
Ela ainda não sabe o que quer, mas já sabe o que não quer.
Ela sabe que aquelas imperfeições geradoras de grandes conflitos não são adequadas para ela.
Talvez a pessoa não queira, ainda, se esforçar arduamente para mudar, mas já é um avanço não desejar aquilo para si.
Toda mudança começa assim, em pequenos movimentos, nos quais a pessoa não está contente com aquilo que traz em si mesma.
Esse descontentamento é um convite à mudança que vai se ampliando gradativamente, mas não é a própria mudança.
É apenas um potencial.
Porém, o conflito consciencial traz uma tormenta e, muitas vezes, a pessoa não quer sentir aquela convulsão de pensamentos e emoções desencontradas, por isso busca uma zona de conforto psicológico.
A culpa é a zona de conforto daqueles que se rebelam contra o conflito consciencial.
Os culpados normalmente se tornam rebelados surdos.
São os que nutrem uma rebeldia velada, demonstrada em forma de culpa.
Como o conflito consciencial é uma advertência da consciência convidando à mudança, para tentarem se livrar dessa advertência, entram no sentimento de culpa.

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As pessoas com esse movimento acreditam que não podem fazer nada para mudar as suas condições de vida, e só lhes restam se culparem pelas suas imperfeições, bem como por aquelas que existem à sua volta.
Por isso, deprimem-se, como um movimento de autopunição pela culpa.
As pessoas que se culpam continuam tendo as mesmas atitudes equivocadas que acham que não deveriam ter tomado, e se penitenciam com a culpa.
Repetem, exaustivamente, expressões como: Eu não devia ter feito isso… eu deveria ter agido de forma diferente…
Estão sempre focadas no passado, naquilo que fizeram ou no que deixaram de fazer.
Tudo isso gera mais conflitos conscienciais, mas que, ao invés de gerar mudanças, produzem mais culpa.
Repetem essa conduta de errar, se culpar, errar novamente, num círculo vicioso.
Se aceitassem o conflito proveniente do erro, não entrariam em culpa, mas em arrependimento e reparação.
O arrependimento é salutar.
O arrependimento é o instante do reconhecimento do erro gerador do conflito consciencial.
A pessoa reconhece que não agiu bem.
Ao reconhecer que não agiu bem, é convidada a arrepender-se e a buscar um modo de reparar o erro.
O conflito consciencial, portanto, é um momento que antecede o arrependimento.
É o momento em que a nossa consciência, na qual trazemos o código moral de leis, sinaliza que há alguma coisa errada.
Isso acontece para que haja o reconhecimento do que está errado, nos arrependamos, nos responsabilizemos pelo erro e o reparemos.
Errar faz parte do nosso processo evolutivo, mas aprender a acertar é a nossa meta maior, até a completa purificação espiritual.
Esse mecanismo natural da vida está pervertido na pessoa depressiva, pois a sua atitude rebelde não permite isso.
Ela já quer ser perfeita por autodecreto e não quer ir se aperfeiçoando, aos poucos, como é natural.
Por isso, a pessoa depressiva se acomoda na culpa, que é formada pelos movimentos de autojulgamento, autocondenação, autopunição e autopiedade.
A pessoa sente a culpa e se pune pelo fato cometido consciente ou subconscientemente.
A autopunição a leva a achar que não merece ser feliz, que tem de sofrer para pagar o delito cometido.
Esse pensamento leva à depressão, que funciona como uma sentença, cuja pena ela mesma se impõe.
Ela se vitima e sofre.
Ela continua fazendo a mesma coisa e se penitencia com a culpa, repete sempre isso, indefinidamente, até cair em si e se cansar desse movimento vão.
Devido a essa constante autopunição, surge a autopiedade, pois a pessoa se sente muito infeliz pela situação, gerando dó de si mesma, autopiedade, por estar nessa condição.
Com essa atitude, ela se acha vítima das circunstâncias, como se o mundo conspirasse contra ela, e se sente mais infeliz ainda, sentindo uma culpa ainda maior.
Ela cai em um círculo vicioso de autojulgamento, autocondenação, autopunição e autopiedade.
Para se conseguir a saúde emocional, libertando-nos da depressão, é necessária a liberação da culpa pelos erros cometidos, quer estejamos conscientes deles ou não.
Quem se culpa não assume a responsabilidade pela sua vida.
É um movimento de fuga, uma situação cômoda.
É mais fácil sofrer e se sentir um coitado do que tomar nas mãos a responsabilidade por construir a própria felicidade, pois isso só acontece com esforço pessoal.

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