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Como descobrir o maior propósito de sua vida

Como descobrir o maior propósito de sua vida

Neste artigo sobre Psicologia Consciencial refletiremos sobre o propósito existencial.
Para sintonizar com o propósito existencial uma questão fundamental é formular as perguntas conscienciais que o indivíduo faz quando começa adquirir o conhecimento de si mesmo:
Por que existo?
Qual o sentido da minha vida?
O propósito existencial tem a ver com essas perguntas.
O propósito existencial que todos trazemos é o de sublimar o ego, na chamada individuação.
É claro que essa sublimação não acontece em um curto espaço de tempo, por isso em cada existência temos um propósito existencial específico, que é a transmutação de um sentimento egoico que se sobressai frente aos outros.
 Cada indivíduo traz o seu propósito existencial particular.
Uma forma de se refletir qual é o propósito da atual existência é analisar qual é a sua principal limitação emocional.
Uma vez conhecida essa limitação, o propósito será desenvolver a virtude que a transmuta.
Para isso, é necessário um exercício de autoconhecimento.
O primeiro passo é reconhecer qual o seu principal sentimento egoico, que se manifesta constantemente nas várias circunstâncias de sua vida.
Cada pessoa tem uma necessidade nessa área.
Há pessoas que trazem insegurança, outras incredulidade, outras uma culpa muito intensa, outras ansiedade, outras o orgulho exacerbado etc.
Um método para percebermos esse sentimento egoico é por meio do autoquestionamento, fazendo perguntas conscienciais em momentos que percebemos os conflitos conscienciais e sentimos os incômodos gerados por eles para saber que tipo de sentimentos geram esses conflitos:
No momento que sinto esse conflito ou esse incômodo, qual é o sentimento que se destaca?
Qual é esse sentimento que, muitas vezes, tenho medo de pensar nele, querendo até fugir de mim mesmo?
O sentimento egoico ligado ao propósito é aquele que é mais recorrente nos conflitos conscienciais.
Ele se manifesta em todo o momento, muitas vezes várias vezes ao dia.
Após identificar o sentimento egoico, devemos encontrar a virtude ou as virtudes que sublimam esse sentimento.
Nos exemplos acima, as virtudes são: insegurança–autoconfiança, incredulidade–fé convicta, culpa–autoconsciência e autoperdão, ansiedade–serenidade, orgulho-humildade etc.
Quando sentirmos qual é a virtude, conectar-nos-emos de uma forma mais intensa com o nosso plano existencial, pois esse é o nosso propósito existencial, ou seja, a virtude mais importante a ser desenvolvida na presente reencarnação, de modo a sintonizar a personalidade com o Ser Essencial, produzindo a fusão do eixo ego/Ser Essencial.
É claro que todos trazemos outros sentimentos egoicos, mas a cada reencarnação somos convidados a sublimar um ou dois deles, porque é impossível sublimar todos ao mesmo tempo.
Entretanto, como as virtudes são solidárias outras virtudes também serão desenvolvidas juntamente com a do propósito, e, quando se desenvolve uma, as demais também são estimuladas, mas o cuidado específico será com aquela que transmuta o sentimento egoico mais arraigado.
Vejamos alguns exemplos de propósitos existenciais: uma pessoa com grandes dificuldades de autoestima e de autoacolhimento amoroso teria como propósito desenvolver o autoamor.
Já uma pessoa com um sentimento de indiferença enorme pelo bem-estar dos outros pode ter como propósito desenvolver o amor incondicional e a compaixão.
Outra que traz em si uma dúvida existencial imensa a ponto de desconfiar da existência de Deus e de si mesma como um espírito imortal teria como propósito desenvolver a fé convicta.
Alguém que traz uma culpa constante por tudo o que realiza tem como propósito desenvolver a autoconsciência e o autoperdão.
Outra que traz uma insegurança existencial intensa tem como propósito desenvolver a segurança existencial.

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Alguém que traz uma tendência a se irritar, encolerizar com muita frequência diante de várias circunstâncias pode ter como propósito desenvolver a flexibilidade e a paciência.
Poderíamos elencar uma série de situações nas quais as pessoas trazem sentimentos egoicos muito desafiadores de se trabalhar.
Por isso, a necessidade de fazer exercícios de autoconhecimento sozinho ou com ajuda de um psicoterapeuta para saber qual é o sentimento egoico mais arraigado.
Vejamos um dos casos que o Dr. Whitton cita em seu livro Vida – transição – vida, no qual o propósito existencial de uma cliente desenvolver a compaixão fica bem explícito:

Uma mulher, mãe de três crianças, cujo marido morrera num acidente de avião em 1971, está pagando diretamente por suas ações de mil anos atrás. Sob hipnose, ela se viu como uma líder religiosa na civilização maia da América Central, a qual se comprazia em sentenciar à morte, por meio de sacrifícios, qualquer um que discordasse dela. Hoje ela está tendo que enfrentar as mesmas provações de se ver privada dos entes queridos que ela outrora impingia aos outros. A metaconsciência revelou que ela tinha planejado desenvolver a compaixão nesta vida.[1] (grifos nossos)

A realização do propósito existencial será, portanto, um convite da vida em todas as circunstâncias da nossa existência. Durante a existência, passaremos por inúmeras experiências-desafio, para que possamos desenvolver o propósito existencial.
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[1] Ibidem, p.94.

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