Como utilizar a meditação e a oração para dominar as suas emoções negativas
As emoções negativas como a raiva, a ansiedade, a tristeza, o medo, o egoísmo, o ciúme, a revolta etc. podem ser dominadas pela meditação e oração.
Muitas pessoas pensam que essas duas ferramentas são de âmbito da religião. Isso é um equívoco, porque já existem muitas pesquisas feitas em universidades de ponta como Harvard, Stanford e outras, correlacionando tanto a meditação e a oração com a redução de doenças emocionais como a ansiedade e a depressão.
Um dos grandes pesquisadores nessa área é o Dr. Larry Dossey, que já escreveu vários livros com esse tema, tais como O poder da oração que cura; Orar é um santo remédio; The Energy of Prayer: How to Deepen Your Spiritual Practice.
A prática da meditação como a da atenção consciente, do discernimento e as visualizações terapêuticas são muito eficazes como método de autoconhecimento e autodomínio.
Já a oração, dentro de uma visão psicológica consciencial, pode e deve ser utilizada tanto quanto a meditação como instrumento para nos autodominar.
A oração é essencial para adquirirmos as forças necessárias para que realizemos a autotransformação. Contudo, é fundamental fazer uma distinção entre a oração que denominamos de egoica e a oração que denominamos de essencial.
A Psicologia Consciencial, como ciência espiritualista, recomenda a oração como complemento da meditação, sendo realizada de forma suave e leve, isenta de fanatismo, como resultado de uma conexão com o Arquétipo Primordial, que chamamos de Deus, na vertical da vida.
A oração é uma prática muito difundida pelas religiões de um modo geral. Todas as pessoas têm acesso a ela, mas, analisando a questão dentro de um aspecto psicológico consciencial, são poucos aqueles que sabem orar bem.
Analisemos a oração dentro dessa visão psicológica. Orar significa entrar em comunhão com a Consciência Cósmica Criadora da Vida (Deus) para absorvermos as energias refazedoras e podermos transmutar os sentimentos em desequilíbrio.
A maioria das pessoas, por não terem o hábito de meditar, de discernir, utilizam a oração de forma egoica, ou seja, elas solicitam, rogam, imploram, muitas vezes movidas pelo desespero, ansiosas por fazer com que os problemas desapareçam, sejam eles uma doença, uma dor, um problema financeiro, um relacionamento difícil, enfim as diversas dificuldades tão comuns a todos nós.
Esse tipo de oração, por estar baseada nos sentimentos do ego, não gera um estado de harmonia e equilíbrio e pode produzir em muitos a descrença em Deus, na vida e em si mesmos, quando as coisas não mudam como acreditam que devam mudar. Em outras pessoas, pode ampliar o estado de fanatismo por deixar implícita a crença de um Deus interventor em todas as nossas mazelas.
O que as pessoas esquecem é de meditar no motivo de suas dificuldades, que, muitas vezes, estão acontecendo pelas próprias escolhas que elas fizeram e precisam ser modificadas; outras vezes, são meios para que elas reflitam sobre o sentido da vida e servem para o seu próprio aprimoramento espiritual.
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Para orar bem, somos convidados a cultivar as questões essenciais da vida, utilizando a oração essencial, por meio da meditação, na qual adquirimos o discernimento para saber o que é melhor para nós, o que nos traz equilíbrio e harmonia.
A partir do momento em que, pela meditação, nos autoconhecemos e percebemos os nossos sentimentos egoicos a serem transformados, torna-se fundamental a identificação com o amor que somos para rogar forças ao Criador da Vida para nos libertarmos gradualmente desses sentimentos, desenvolvendo as virtudes essenciais. Abrimo-nos, assim, para absorver as energias que provêm da Consciência Cósmica Criadora da Vida e do Amor. São energias absorvidas pela nossa essência divina, fortalecendo a nossa capacidade de libertação dos sentimentos egoicos.
É a oração que faz com que o Ser Humano amadureça, assumindo o compromisso da sua busca da inteligência consciencial, da autoiluminação, na qual Deus é um provedor das energias de amor que nos abastece e fortalece, sem intervir em questões que são importantes para o nosso desenvolvimento espiritual.
Quando agimos assim, tornamo-nos conscientes das nossas ações, responsáveis pelas nossas escolhas, caminhando a passos largos para a própria iluminação. Como filhos de Deus que somos, estamos constantemente sendo estimulados por Ele para o autoencontro, o encontro do divino em nós mesmos, no qual meditação e oração andam juntas, abrindo e consolidando as escolhas conscienciais em nossas vidas.
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