Você sabe quais são os 4 pilares da vontade de autotransformação?
Nesta semana recebemos do Daniel* de Juiz de Fora-MG, um pedido de ajuda porque ele vive uma vida muito infeliz.
Há 3 anos vem tendo depressão e episódios de ansiedade. Está em tratamento psicológico e psiquiátrico há 2 anos, sem muitas melhoras.
Tem momentos que o Daniel entra em desespero, acreditando que não terá mais solução, que vai viver em depressão para o resto da vida.
Essa queixa do Daniel nos remeteu a reflexões muito profundas sobre a felicidade e sobre o porquê de haver tantas pessoas infelizes, especialmente nestes dias.
Neste artigo, vamos refletir sobre o que é verdadeiramente a felicidade e como podemos conquistá-la.
Você conhece alguém que não queira ser feliz? Provavelmente, não!
Em sã consciência todas as pessoas querem ser felizes, contudo são poucas as que se sentem verdadeiramente felizes.
Por que isso acontece?
Porque a maioria busca a felicidade onde ela não se encontra.
A maior parte das pessoas busca a felicidade fora delas.
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Por exemplo, em um relacionamento afetivo a dois; em um bom emprego com boa remuneração; em um carro do ano; em uma casa confortável para morar etc.
Todas essas questões são muito significativas, mas não são condições para que a felicidade seja experienciada, haja vista a quantidade de pessoas que têm tudo isso e muito mais, e, mesmo assim, não se sentem felizes, ao contrário, sentem uma profunda infelicidade que as deprime.
Na Psicologia Consciencial consideramos a felicidade uma virtude-conquista, ou seja, uma virtude que conquistamos a partir do desenvolvimento de nosso Ser e não das coisas que temos.
Trata-se de uma virtude que somente sentiremos a partir do autoacolhimento amoroso de nós mesmos para nos perceber como alguém digno e merecedor da felicidade.
O primeiro passo para desenvolver a felicidade, e toda e qualquer virtude, é confiar que ela faz parte de nossa natureza.
As virtudes não estão fora de nós em algum lugar no qual devemos buscá-las.
Podemos comparar as virtudes, incluindo a felicidade, como sementes de árvores existentes dentro de nós para que as cultivemos e tenhamos um excelente pomar para nos felicitar.
Deus nos criou com essas sementes e nos proporcionou a capacidade de cultivá-las.
Para que isso aconteça, é fundamental compreender que não exercitar as virtudes é possibilitar que em vez do pomar germine e cresça em nosso terreno interior as ervas daninhas, ou seja, os sentimentos que na Psicologia Consciencial denominamos de egoicos, tais como a insegurança, a preguiça moral, a desesperança, o ódio, a raiva, a tristeza, a infelicidade etc.
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Ao reconhecer as ervas daninhas como a tristeza e a infelicidade, por exemplo, o próximo passo é de acolher as ervas daninhas e transformá-las em adubo para as sementes das virtudes.
Na analogia que estamos fazendo, é importante perceber que as ervas daninhas são ricas em nutrientes e matéria orgânica e crescem muito mais rápido do que as árvores do pomar.
Então, se fizermos uma boa capina e deixar a matéria orgânica das ervas daninhas no solo ela se transforma em húmus para nutrir as sementes e as pequenas arvorezinhas do nosso pomar de virtudes.
A capina em Psicologia Consciencial se chama decisão consciencial e vontade de autotransformação para exercitar as virtudes.
É assim que começamos a construir a felicidade.
A vontade de autotransformação tem quatro pilares básicos:
- Força de vontade – somente é possível acontecer uma mudança em nós se mobilizarmos a força de vontade, ou seja, o poder que todos nós temos de mudar a nossa vida para melhor.
- Competência – saber como vamos realizar esses esforços de mudança. Essa é a grande função da Psicologia Consciencial: dotar o ser humano de maiores competências para mudar a sua vida para melhor.
- Autoamor – a virtude do amor a si mesmo é imprescindível para mobilizar a vontade de autotransformação, porquanto somente por meio dela é que conseguiremos fazer os esforços para sair da inércia da acomodação.
- Busca da felicidade – a felicidade é a virtude maior a ser conquistada. É o grande parâmetro para as nossas vidas. Quando temos a felicidade como propósito maior não mediremos esforços para conquistá-la.
Pense nisso!
* Nome fictício
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